Pitacos: Botafogo já é mais respeitado, mas faltou ‘casca’ recente, que ainda está sendo formada; costume de mata-mata e pênaltis pesou

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Blog da Redação

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Botafogo x Athletico-PR, Copa do Brasil 2023, no Estádio Nilton Santos
Thiago Ribeiro/Botafogo

* Não há dúvidas: o Botafogo já é mais respeitado. O adversário se preocupa, estuda o time e até entra “para não ter jogo”. Como fez o Athletico-PR, nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, nas oitavas da Copa do Brasil. Esse fator do respeito é positivo.

* Porém, na eliminação na Copa do Brasil pesaram fatores que têm a ver com o retrospecto recente dos clubes. O elenco do Botafogo, com Luís Castro, foi formado durante o último ano, ainda não foi tão testado em jogos grandes ou em competições de mata-mata. Ou mesmo em disputas de pênaltis. Do outro lado, o Athletico-PR vem exatamente sendo copeiro nas últimas temporadas e venceu os dez últimos duelos que foram para os pênaltis.

* Nesse aspecto, o contexto histórico e a grandeza, que pesam a favor do Botafogo, não fazem tanta diferença nos 90 (ou 180 minutos). Esse time, por mais que tenha jogadores experientes, ainda está criando casca, o que é natural.

* Se fosse um time mais cascudo, o Botafogo não levaria tão facilmente a virada no primeiro jogo, fator decisivo para a eliminação. Com 2 a 0 no placar, era para furar a bola, travar o ritmo da partida, ganhar tempo, administrar para decidir em casa. Ao deixar o jogo aberto, ficou exposto a diversos ataques do Athletico-PR, que conseguiu a virada.

* Agora veja no duelo de volta. O Athletico, ciente da força do Botafogo em casa, não quis jogo. Não atacou, amarrou e rezou para chegar vivo aos pênaltis. Contou com a benevolência do árbitro Anderson Daronco, que nada fez para combater o antijogo e foi econômico nos acréscimos. Obteve a classificação.

* Talvez o erro do Botafogo tenha sido não forçar para tentar vencer no tempo normal. Em que pese estar desgastado e com desfalques, o time tinha condições de pressionar atrás do segundo gol, até aproveitando a força e a energia da torcida. Caiu no jogo que o Athletico queria.

* Não é hora de terra arrasada no Botafogo, apesar da tristeza pela eliminação. O caminho é continuar fortalecendo seu jogo e seu elenco, ganhando maturidade e “casca” para jogos decisivos. Fizeram falta também os jogadores lesionados, como Gabriel Pires, Danilo Barbosa, Matías Segovia e Rafael, pois o banco perdeu opções. Assim como o time sentiu a saída do capitão Marçal por lesão (tomara que não seja grave).

* Ficam as lições para um Botafogo que segue líder do Campeonato Brasileiro e de seu grupo na Copa Sul-Americana. É levantar a cabeça, manter a sinergia com a torcida e continuar o bom trabalho, que certamente terá mais alegrias até o fim do ano.

Fonte: Redação FogãoNET

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