Pitacos: por que Botafogo é ‘bonzinho’ com os adversários se os outros não são? Está faltando saber controlar jogos

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Pitacos: por que Botafogo é ‘bonzinho’ com os adversários se os outros não são? Está faltando saber controlar jogos
Vitor Silva/Botafogo

* Lembre-se dos jogos contra Goiás e LDU. Lembre-se de jogos com a Portuguesa no Campeonato Carioca. Lembre-se do jogo com o Sergipe pela Copa do Brasil. O que eles têm em comum? Em todos, os adversários não tiveram qualquer vergonha de praticar antijogo, fazer cera e gastar tempo. Uma “malandragem” rotineira no futebol. O Botafogo, no entanto, é o único bonzinho da história.

* Quer dizer que tem que baixar o nível e partir para atitudes antiéticas? Também não é assim. Mas no futebol é preciso ter inteligência para entender cada momento. Se você está vencendo um adversário duro fora de casa, o mínimo é cozinhar a partida.

* O Botafogo fica no perigoso meio do caminho. Quando abre vantagem, não recua para segurar o jogo nem avança para tentar matar no contra-ataque. E ainda perde um pouco da concentração e da intensidade, necessárias para seu estilo de atuar. Assim, levou as viradas contra Goiás e Athletico-PR.

* Você tem que controlar o jogo, seja com a posse ou com a ocupação dos espaços. Caso não seja possível, pode ganhar tempo segurando a bola no ataque, sofrendo faltas, parando o jogo tendo sequência de laterais, fazendo substituições. Aqui nem vamos pedir a cera que os outros fazem, de simulações bizarras, de minutos rolando no chão, de arrumar confusão. Não é preciso tanto, mas tem que ter a inteligência do jogo.

* Sem jogar bem, mas sabendo bloquear o adversário, o Botafogo abriu 2 a 0 sobre o Athletico-PR. Fernandinho no intervalo já deu entrevista dizendo que o time “tinha que ir vivo para o Rio”. Ou seja, para ele, um empate ou até diminuir a diferença para um gol era válido. Mas o Botafogo permitiu, até facilmente, a virada.

* Vale colocar na balança o desgaste e a falta de costume com uma grama sintética em que o jogo fica ainda mais rápido (mais que o do Estádio Nilton Santos também). Mas o Botafogo não fortaleceu sua defesa nem criou maneiras de parar a principal jogada do Athletico, a batida mais rápida de jogadas de bola parada no primeiro pau. Assim nasceram o primeiro e o terceiro gol.

* São detalhes, que mostram que o Botafogo ainda não está pronto como time. O que é natural. O caminho é seguir evoluindo. Tem condições de vencer no jogo da volta e se classificar, mas deve entender o contexto de cada partida. Do contrário, vai perdendo a confiança que tanto lutou para conquistar e veio na sequência de 15 partidas de invencibilidade.

Fonte: Redação FogãoNET

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