* A temporada já começou há três meses e, até agora, o Botafogo apresentou muito pouco. O empate em 2 a 2 com o Magallanes, na estreia na Copa Sul-Americana-2023, é mais uma atuação ruim do time comandado por Luís Castro.
* O que treina o técnico durante a semana? Por que esse time piora e não consegue se impor? Quantos bons jogos foram feitos no ano? A cada semana cheia a expectativa crescia, mas o desempenho em campo virava frustração. Agora, sequer há tempo para treinar, é jogo em cima de jogo.
* Na primeira partida à vera, mais uma atuação lenta, burocrática, sem brilho, sem capacidade de criação e com muita exposição defensiva. Não existe estar com um a mais o segundo tempo inteiro e ceder o empate. Foram dois pontos jogados no lixo.
* E o que explica a escalação do treinador? O Botafogo cresceu diante do Audax com Luis Henrique na esquerda e Gustavo Sauer na direita. Luis Henrique tem coragem, ataca, tenta partir para cima do seu marcador. Melhora até o jogo de Marçal, que não precisa avançar tanto pelo corredor, pode ficar na marcação e em construir pelo meio. Já Victor Sá, escolhido para ser titular mesmo após ter sido desfalque nos últimos jogos, tem aparecido mais como marcador do que como atacante.
* Outra escolha que não surtiu efeito foi Gabriel Pires no meio. Lento, pesado e em outra rotação, não foi bem de novo. O difícil na posição é que ninguém encaixa e tem sequência, como são os casos de Danilo Barbosa, Lucas Fernandes e Marlon Freitas. Até por isso defendíamos aqui a contratação de um volante mais móvel, mais dinâmico e de mais velocidade. Para agregar mais uma característica.
*É difícil criticar um jogador em específico para não acharem que está sendo tratado como bode expiatório. Mas Di Placido está comprometendo há vários jogos seguidos. Até agora não se justificou a contratação do lateral, em que pese estrangeiro precisar de um tempo maior de adaptação. Não tem grandes virtudes ofensivas, falha demais em posicionamento e tem errado em gols adversários. Sinceramente, não é melhor que Rafael nem que Daniel Borges. E, se observarem o sub-20, o lateral-direito Ryan tem mais potencial do que ele.
* O Botafogo apostou de forma arriscada em manter Luís Castro mesmo após a queda na Taça Guanabara e a quase eliminação para o Sergipe na Copa do Brasil. Mesmo sem grandes indicativos de evolução. A impressão é que perdeu o timing da demissão. Agora, vai ter que arcar com as consequências ou torcer por uma reviravolta que a cada jogo, a cada atuação ruim, parece mais difícil.
