Precisamos de calma, justiça e assertividade nas análises do Botafogo

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Precisamos de calma, justiça e assertividade nas análises do Botafogo
Vítor Silva/Botafogo

Nesta segunda-feira tivemos mais um jogo em que o Botafogo foi competitivo e essa é a melhor “notícia” que poderíamos receber nesse início de Brasileiro. Ao longo desse começo de temporada, vimos vários jogos em que claramente tínhamos uma superioridade técnica mas sem conseguir transformar essa vantagem em vitórias. Todo esse contexto acabou colocando várias justas dúvidas sobre o real nível competitivo que esse elenco poderia entregar no Brasileirão, creio que poucos torcedores discordarão dessa afirmação.

Dentro desse contexto, acho válido pontuar uma coisa: sempre foi errado dizer que esse elenco é fraco, mesmo nos piores jogos de 2023. Creio que uma parcela significativa da torcida ainda carrega suas análises com a paixão mais cega existente, e isso invariavelmente leva o pensamento para um lugar menos calmo, paciente e assertivo. Existe uma diferença muito grande entre dizer que Tiquinho Soares está em uma fase ruim e dizer que ele não joga nada, concordam?

O nosso elenco não é robusto e abundante no quesito “qualidade inquestionável”, mas temos sim alguns excelentes jogadores e que claramente estavam longe dos seus melhores níveis. O discurso de terra arrasada é sempre muito fácil, pois não requer nenhum tipo de análise um pouco mais aprofundada. Não precisamos viver na montanha-russa, não precisamos ir dormir achando que somos um fracasso e após uma vitória acharmos que só não temos mais jogadores que Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo.

A marca do Campeonato Brasileiro sempre foi a oscilação pela qual todo time passa em determinados momentos, e não esquecer disso terá um valor enorme para o nosso relacionamento com o Botafogo até o final do ano. Hoje estamos confiantes e desafiando qualquer comentarista que nos coloque como um time ameaçado pelo rebaixamento, mas, um pouco antes de começarmos o Brasileiro, uma parcela da nossa torcida estava corroborando com essa mesma visão que agora critica.

Esse início de campanha não deve trazer nenhuma grande empolgação, mas precisa nos dar mais tranquilidade no campo e nas análises. A nossa busca mais imediata precisa ser o equilíbrio que nos faltou no Brasileirão-2022, ou seja, precisamos balancear melhor as nossas campanhas como visitante e como mandante. Nosso sucesso vai passar essencialmente por fazermos uma campanha muito melhor em casa. Estou fazendo questão de ressaltar este ponto para finalizar o texto com uma conexão/reflexão.

A maior calma, justiça e assertividade nas análises poderá nos oferecer as condições para que o clima no Nilton Santos seja o mais ajustado possível e que a torcida entregue o apoio que poderá assumir um papel central no bom desempenho do nosso time em casa. Obviamente o fator principal para uma boa campanha melhor em casa será sempre o futebol apresentado pelos jogadores, mas a torcida pode sim ajudar na obtenção dos objetivos desejados por todos. Nem tudo estará certo nas vitórias e primordialmente nem tudo estará errado nas derrotas!

Somente juntos e na mesma página conseguiremos chegar onde queremos, nada consegue me fazer pensar o contrário.

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