O Botafogo tinha até a noite desta terça-feira (11) para homologar na justiça o novo acordo com os credores, definindo ajuste no RCE (Regime Centralizado de Execuções) das dívidas trabalhistas. No entanto, as partes terão nova reunião nesta quarta (12) para avançar ainda mais. Para isso, um novo prazo deverá ser pedido e, consequentemente, tudo oficializado.
O clima segue de confiança entre Botafogo (social e SAF) e credores, segundo apuração do FogãoNET. A explicação para não ter cumprido o prazo é que o valor da dívida e da quantidade de pessoas envolvidas é muito grande, o que torna complexo o andamento no ritmo esperado. De acordo com o clube, ainda não há motivos para maiores preocupações e as tratativas seguem avançadas.
Nesta quarta-feira haverá uma audiência de credores, que apresentarão atualizações do andamento sobre a formatação da proposta. Em seguida, devem pedir novo prazo ao juiz. As partes seguem em tratativas para tentar homologação ainda neste mês, e é de interesse de todos chegar logo a um acordo.
Após virar SAF, o Botafogo pagou R$ 63 milhões entre março e setembro de 2022. No entanto, desse valor apenas R$ 3 milhões foram abatidos do total – o restante quitou apenas juros. Insatisfeito com o atual acordo, John Textor parou de pagar o RCE para conseguir novo acordo. A possibilidade de uma recuperação extrajudicial foi ventilada no Alvinegro, mas os credores acenaram com acordo que possibilitaria evitar ação mais radical.
É justamente esse acordo que não saiu até o momento e que precisa ser homologado na Justiça. Como dito, há o otimismo para que isso seja resolvido ainda nesse mês. No entanto, caso não ocorra, o Botafogo poderá ter que repensar as possibilidades. Nesse caso, a recuperação judicial, mais agressiva para todos os envolvidos, voltaria a ser uma realidade.
