É muito provável que não dê em absolutamente nada e quem está com o discurso de que já acabou venha acertar esse prognóstico. Como botafoguenses, com muitos anos de estrada, já aprendemos que o que parece certo nem sempre acaba em festa. Ninguém aqui nasceu ontem a ponto de ser influenciado por esse texto.
Os torcedores do Glorioso são assim. Personalidade muito forte: seja para um lado ou para o outro. E tem que ser assim. É o nosso mecanismo de defesa. Acreditar na possibilidade do milagre com toda a força do coração. Ou bradar alto e forte que não tem mais jeito – mas ficar espiando de rabo de olho até o último minuto.
Não importa em qual dessas opções você se encaixa. Estamos todos juntos nesse mesmo barco. O time deu uma das maiores pipocadas da nossa história e a tristeza impera. Já são oito jogos sem vencer justamente na reta final da competição. Nada indica que reagiremos. Nada. Nada lógico, pelo menos.
Mas torcer para o Botafogo não é a lógica. Pelo contrário. Desafiamos tudo e todos para externar o nosso sentimento. E é assim para quase todo mundo que veste a estrela solitária, não cabe no peito, transborda, a gente precisa falar pra todo mundo: “Aqui é Fogão!”. E não tem essa de ser apenas na hora boa, aqui não é moda, vocês sabem muito bem.
Estamos passando talvez o que seja a maior provação. Ser botafoguense nunca foi fácil, mas após 2023, meus irmãos, o joguinho ficou ainda mais difícil. Quem tiver força, vai colher lá na frente. Falo isso com confiança. É difícil enxergar hoje, mas o Botafogo está no caminho certo. Não vamos sair daqui, gostem ou não.
Estamos falando dos anos que vêm pela frente, mas 2023 ainda não acabou. Eu sei que você vai estar na frente da televisão nessa quarta-feira. Com a bandeira nas mãos e com os olhos emocionados, ou andando de um lado para o outro na sala só dando aquela espiada por cima dos ombros.
O jogo só acaba quando termina!
