É importante falar de erros de arbitragem depois que se ganha o jogo. A diretoria do Botafogo está certa em reclamar. Mas infelizmente nos tempos de hoje não tem a capacidade de mudar sozinha a realidade. E vivemosn um momento em que a mídia se mostra cada vez com menos vontade de atacar o que realmente precisa ser atacado.
No jogo com o Brasil de Pelotas o Botafogo teve dois pênaltis ignorados. Além disso o árbitro Thiago Luis Scarascati (SP) não expulsou o zagueiro do Brasil de Pelotas que impediu Diego Gonçalves de entrar na área em clara e cristalina chance de gol. Mas apesar de a emissora que transmitiu o jogo confirmar todos esses lances, o que monopolizou os comentários foi a distância da barreira nas cobranças de falta.
Locutor e comentaristas passaram boa parte do tempo falando dos sete metros que poderiam ter mudado o resultado do jogo. Mas e os pênaltis? E a expulsão? E o excesso de erros contra um mesmo time?
O Botafogo vem sendo garfado no futebol brasileiro há algum tempo. Desde que a gestão passada entrou em rota de colisão com a CBF que o rebaixamento parece ter sido decretado com uma série de erros mesmo com a presença do VAR. Apesar da atual gestão ter relacionamento saudável com a entidade, os estragos continuam.
Nada pior do que não cobrar os erros da CBF
Pontos perdidos contra Náutico, Sampaio Corrêa e Operário são alguns exemplos de como o time sofreu no torneio. E é importante falar isso agora, após a vitória.
Mais grave ainda é a imprensa não cobrar uma posição da CBF. Um dia depois da trágica atuação de Ana Paula naquele Botafogo x Figueirense, ouvi na manhã seguinte, pela Rádio Lance!, a própria assistente e Edson Rezende, então presidente da Comissão Nacional de Árbitros. Ao lado do amigo Rodrigo Campos cobramos os dois e a entidade pela série de erros contra o time, como fizemos com erros envolvendo outros clubes. Como o FOGÃONET é um site específico sobre Botafogo, fica complicado cobrar pois sempre vai parecer algo tendencioso. Mas e os demais veículos?
Hoje os jornalistas teriam mais problemas que tivemos em 2007 porque as entidades tentam se manifestar por nota. Mas a insistência e a clareza nos pontos abordados precisam continuar a existir. Pelo bem do futebol.
