Se esconder atrás do personagem do jornalista que não tem paixão por nenhum clube. Já vi vários colegas fazerem isso em nome da imparcialidade. Confesso que nunca concordei. Para mim mais perigoso é aquele que não quer revelar suas “origens”. Agora vejo os que defendem fair play financeiro e detonam a postura de John Textor na SAF do Botafogo falando que é preciso analisar sem clubismo. Mas como, se essa postura vem justamente de quem faz as críticas?
O fenômeno “discussão de fair play financeiro” no Brasil está completando um ano. Foi exatamente na semana em que o Botafogo aplicou 4 a 1 no Flamengo pelo Campeonato Brasileiro e eliminou o Palmeiras na Libertadores. Mexeu com quem não devia. O que não era esperado para a mídia, que sonhava com a espanholização, aconteceu. Por que não se falava disso antes?
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Volto a dizer, quando Renato Gaúcho disse que não dava para competir com o faturamento do Flamengo em 2019, após seu Grêmio cair de 5 a 0 no Maracanã em uma semifinal de Libertadores, essa mesma mídia disse que era “choro de perdedor”. Fair play financeiro sem clubismo meus caros passa pela capacidade de investimento dos clubes e não para se criar uma série de medidas que evitem que as SAFs possa investir.
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Botafogo não defende ‘futebol igual’?

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Temos que defender um futebol igual? Nunca o futebol esteve tão igual. O Botafogo e sua SAF ficaram atrás no Super Mundial de Clubes do Palmeiras e do Fluminense, por exemplo, que oficialmente não são SAFs, embora o clube paulista disfarce mal.
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Sobre Textor, que virou obsessão de 10 entre 11 jornalistas paulistas por exemplo, fica complicado de falar. Afinal de contas a SAF é algo particular, é um empresa, que, portanto, resolve seus problemas internamente e na Justiça. Por fim, dizer que o Botafogo causa insegurança em algum investidor, ou que pode ser comparado ao Vasco, por favor… Um minuto de silêncio pela morte do jornalismo sem clubismo.