Se o Botafogo fracassar no mercado de reforços na busca por um zagueiro, por exemplo, terá responsabilidade nisso. Ontem falei sobre essa questão da atuação botafoguense na tentativa de encorpar o elenco. Mas um fator não pode passar batido. Trata-se do jogo sujo de rivais que procuram prejudicar John Textor e o Botafogo no mercado de reforços. Para isso usam o discurso do fair play financeiro e do poderio econômico alvinegro.
Quando várias pessoas, de clubes diferentes, falam publicamente que o Botafogo desequilibrou o futebol e que é preciso um fair play financeiro, isso tem uma reação no mercado. O Flamengo, por exemplo, ligou o modo hipócrita bonito e foi quem mais fez isso. Os flamenguistas fizeram na tentativa de fazer sua torcida colocar a culpa dos 4 a 1 no rival, apagando seus próprios erros. Mas isso mexe no mercado.
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Imagina se você é dono dos direitos de um jogador, tem vínculo de longo prazo com ele e recebe uma proposta do Botafogo. Ouvindo tudo o que foi falado de Textor, é claro que você vai querer dobrar ou triplicar o valor para ganhar em cima do “rico da vez”.
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Só o Botafogo tem dinheiro?
O Flamengo, por exemplo, cansou de perder jogadores por lesão e foi às compras na Europa. Pagou um salário muito maior do que foi oferecido pelo Botafogo ao Alex Sandro e fechou com o jogador. Mas nesta hora ninguém fala em teto salarial ou fair play financeiro. O Palmeiras teve uma janela muito boa de meio de ano e também abriu os cofres. Mas aí tudo bem. O Atlético-MG também investiu, o São Paulo, o Corinthians todo ferrado financeiramente e por aí vai. Mas o único com dinheiro é o Botafogo.
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O Botafogo vai precisar conviver com este tipo de situação no mercado e usar a criatividade para conseguir contratar jogadores sem ter que pagar dez vezes mais do que isso. Do contrário, vai encontrar dificuldades na busca por reforços. Jogo sujo ou choradeira dos rivais? Com a palavra você, torcedor.
