Analisando a entrevista coletiva de Bruno Lage após o empate com o Patronato, confesso que cheguei a dar algumas risadas por conta da maneira como o português se comportou diante de algumas perguntas. A imprensa brasileira não costuma pegar leve com entrevistados, salvo alguns. Mas quando o assunto é o Botafogo o lado crítico se torna ainda mais forte. E o treinador mostrou como lidar bem com este tipo de situação.
De cara teve que responder sobre “a estreia não ser a que ele queria”. Entendo o que o repórter quis dizer. Mas a casca de banana jogada para o português não foi suficiente para a escorregada esperada. Ele falou com naturalidade lembrando que os objetivos foram cumpridos, como rodar o elenco e se classificar na Copa Sul-Americana.
MAIS! Quantos pontos o Botafogo precisa para ser campeão brasileiro?
Mas o auge veio com a pergunta que mais está causando prazer quando o assunto é Botafogo. Tentar jogar pressão pela boa fase. Primeiro foi com Cláudio Caçapa. E agora com Bruno Lage. Afinal de contas, o empate com o Patronato nunca foi tão valorizado.
MAIS! Segovia mostra fato importante sobre a busca por reforços no Botafogo
Bruno Lage e a questão ultrapassada

Ao ser questionado sobre a pressão pelo bom momento, o treinador, com a elegância que caracteriza suas respostas, não perdeu a chance de falar aquilo que qualquer pessoa com bom senso já sabe: “Essa questão da pressão está complemente ultrapassada”.
MAIS! Botafogo dá passo importante para formar times mais fortes
Mas se ele pensa assim, pelo menos Bruno Lage tem a certeza de que vai conviver com algumas situações até dezembro. Com toda a paciência fez uma previsão sobre questionamentos envolvendo pressão: “Sei que essa pergunta, que começou quando cheguei, vai se prolongar até o fim”. Mas essa até mesmo quem dizia que o Botafogo lutaria contra o rebaixamento acertava. É a velha boa vontade de parte da mídia com o Botafogo.