Pesquisa do fair play financeiro mostra que Botafogo está certo

Pesquisa do fair play financeiro mostra que Botafogo está certo
Thais Magalhães/CBF

Uma pesquisa promovida pelo jornal “Estadão” e feita junto a 20 clubes mostra que 16 são a favor do fair play financeiro. O Botafogo não respondeu ao questionário. A ação do jornal é um bem para a discussão, pois prova que o Glorioso está certo na sua forma de pensar. Apesar de favoráveis, os 16 clubes não sabem como fazer este movimento. Aliás, muitos querem apenas jogar para a galera, pois seriam prejudicados por ele.

A discussão ganhou corpo em uma semana de ouro do Botafogo em 2024. Em um intervalo de sete dias, o time eliminou o Palmeiras da Copa Libertadores e meteu 4 a 1 no Flamengo pelo Campeonato Brasileiro. Para usar um termo que os amantes do fair play financeiro adoram, furou a bolha de dois clubes que dominavam o Brasil. Como ousaria fazer isso um clube que não foi aceito pela mídia no papel de mocinho?

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Naquela época quem cobrava o fair play financeiro, como os flamenguistas, logo perceberam que isso “poderia dar ruim”. O Botafogo teria muita facilidade de conseguir receita com patrocínio tendo um bilionário internacional à frente. Como fazer para acompanhar este ritmo com uma história de dependência das estatais e dos trocados das emissoras de televisão? Foi aí que Rodolfo Landim achou a fórmula e quase que gritou: “Fair play financeiro só para clubes com grupos econômicos”. Seria mais honesto falar: “Fair Play financeiro só para clubes alvinegros que tenha estrela no escudo”.

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Pois bem, se naquela época não sabiam como fazer o fair play financeiro, os dirigentes continuam sem saber pelo que indicou a pesquisa. No Estadão, o economista Cesar Grafietti, que já fez um estudo sobre fair play financeiro para ser aplicado no futebol brasileiro – o que nunca aconteceu, deu aula para esses dirigentes explicando os investimentos botafoguenses.

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– Quem entra em uma neste negócio de SAF, geralmente está comprando um ativo desvalorizado, que precisa de investimento. Não me parece fazer sentido neste primeiro momento limitar os gastos de Botafogo e Cruzeiro, por exemplo, em relação a suas receitas porque até para elas crescerem, o clube não consegue ter uma mudança necessária. É necessário ter flexibilidade para aceitar que algum dinheiro extra entre para garantir que as contas estejam em dia.

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Suas palavras estão sendo escritas pela vida real neste começo de janela, com o Botafogo ainda fazendo seus estudos de investimentos, os que investiram mal sem poder contratar muito e uma galera gastando sem poder. Galera esta que defende o fair play financeiro. Isso é Brasil.

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