Há coisas que só acontecem ao Botafogo! Muitos veem a famosa frase como negativista e desanimadora. Porém, ela aparece ao longo da história do clube muitas vezes de forma positiva. Como no título carioca de 2018, reprisado nesta quinta-feira pelo SporTV.
O título do Botafogo era improvável por diversas razões. Até por isso foi conquistado pelo Glorioso, especialista em reverter situações negativas. Relembre:
Desmanche
O Botafogo entrou em 2018 mais fraco do que em 2017, ano que disputou a Libertadores. Perdeu diversos jogadores (Montillo, Camilo, Sassá, Bruno Silva, Airton, Victor Luis, Roger, Emerson Santos, entre outros), teve a saída de Jair Ventura para o Santos e a demissão do gerente de futebol Antonio Lopes. Felipe Conceição foi a aposta para treinador.
Eliminação para a Aparecidense
O time foi eliminado de forma vexatória na Copa do Brasil ao perder por 2 a 1 para a Aparecidense, de virada, na estreia. Felipe Tigrão, que escalou três zagueiros na partida pela primeira vez no ano, foi demitido no jogo seguinte, após ser derrotado por 3 a 1 pelo Flamengo e deixar a Taça Guanabara na semifinal.
Campanha ruim no Carioca
O Botafogo teve dificuldades no Estadual, perdeu clássicos para todos os rivais e só se classificou para as semifinais da Taça Rio e do Campeonato Carioca na última rodada, com ajuda do Flamengo que goleou a Portuguesa. Na final da Taça Rio, o time levou 3 a 0 do Fluminense.
Reação com cheirinho
Na semifinal do Carioca, o Botafogo era azarão contra o Flamengo, que tinha a vantagem do empate. Com uma atuação heroica, a equipe venceu por 1 a 0 com gol de Luiz Fernando e a famosa comemoração do “cheirinho”.
Desvantagem na final
O Botafogo perdeu o primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca por 3 a 2 no Estádio Nilton Santos. Iria para o Maracanã ter que superar a vantagem do rival, o mando do Vasco e o histórico de ter perdido duas finais (2015 e 2016) em anos anteriores.
Desfalques e lesões
O time não teve na grande decisão João Paulo (quebrou a perna) e Rodrigo Lindoso (suspenso). Ainda perdeu por lesões o lateral-esquerdo Moisés e o atacante Luiz Fernando no primeiro tempo.
Arbitragem
O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães não marcou dois pênaltis claros cometidos por Rafael Galhardo: um corte com o braço em chute de Matheus Fernandes e um agarrão em Carli.
Expulsão e milagre nos acréscimos
Com Fabrício expulso no primeiro tempo, o Botafogo jogou boa parte da final com um a mais. Nos acréscimos, viu Leo Valencia levar cartão vermelho, o que inflamou a torcida do Vasco, que já comemorava o título. Porém, na adversidade o Fogão se superou e chegou ao seu gol aos 49 minutos do segundo tempo, com Joel Carli.
Virada até nos pênaltis
O primeiro a perder pênalti foi o Botafogo, com Rodrigo Pimpão. Porém, Gatito Fernández defendeu as cobranças de Werley e Henrique, o Fogão converteu todos os restantes e se sagrou campeão carioca, em um título improvável, histórico e inesquecível.