Carlos Eduardo Sangenetto
28/08/2017
Rio de Janeiro (RJ)
É isso, Fogão! Outra postura na vitória contra o Bahia. Era esse comportamento que a torcida alvinegra esperava quando chegou em vantagem para o clássico decisivo contra o Flamengo no Maracanã. Mas não deu, como disse Jair, o “passado é imutável”, bola pra frente.
Mas quando damos um tapa em direção ao futuro, devemos tirar lições dos tropeços no passado se quisermos alguma alcançar alguma glória. O Botafogo dos últimos meses ficou conhecido como uma equipe traiçoeira e letal nos contra-ataques. Na maioria das vezes, o que fez? Defendeu-se cerca de 2/3 do tempo dos jogos e fechou o caixão dos rivais no apagar das luzes. Chegou onde chegou com méritos.
Botafogo dominou a posse de bola contra o Bahia em Salvador (Foto: Reprodução/Footstats)
Pois é, mas acontece que esse único modo de jogo eficiente encontrado, quando se aproxima da reta final de competições mata-mata, tem tudo para encontrar resistência de times que também chegaram lá capacitados ao título. Na Copa do Brasil, Rueda, já vacinado e derrotado pelo Fogão duas vezes, quando liderava o Atlético Nacional, mesmo precisando do resultado, resolveu não partir para cima, fechou-se também “para ver qual era”.
Bruno Silva subiu mais que a zaga do Bahia para dar a vitória ao Fogão em Salvador (Foto: Reprodução/TV Glob0)
E vocês acham que na Libertadores será diferente com Renato Gaúcho à frente do Grêmio? Malandro de praia, Portaluppi certamente fechará, em algumas ocasiões, o Tricolor, também eliminado na CDB e tradicionalmente copeiro, forçando o Botafogo a propor o jogo, nossa maior dificuldade até então. Time que “joga por uma bola” precisar agredir o adversário, finalizar jogadas, chutar a gol.
Que a vitória em Salvador, além de importante para virar a chave e o ânimo, sirva para mostrar a Jair Ventura e ao elenco que o Glorioso não sabe atuar apenas “sem a bola”, mas buscando o resultado positivo também. Vamos precisar disso, é hora de treinar e apresentar outras cartas.
Saudações alvinegras!