Siguiendo tus pasos: Julian é Botafogo

Julian Susel, torcedor argentino do Botafogo
Carlos Eduardo Sangenetto/FogãoNET

Troféus, faixas, festa, mais festa, premiações, status… A temporada 2024 mágica do Botafogo, com os títulos do Brasileirão e da Libertadores, tem inúmeras consequências e vai deixando seus frutos. A colheita tudo indica que está apenas começando. E um dos efeitos da Glória Eterna é a renovação da torcida além das nossas fronteiras.

Confraternização de amigos de infância, um já tradicional chope natalino no Rio de Janeiro. A cidade, sabemos, recebe muitos turistas nessa época do ano. Lá pela terceira ou quarta cerveja servida pelo garçom Lima, noto que a mesa ao lado, que antes não chamava minha atenção pelo espanhol na conversação, me prendeu por outra cena: uma criança com um chinelo do Botafogo. “De onde é esse moleque? Maneiro o chinelo…”, observei e questionei.

Como você se chama?
Julian.
Bonito chinelo, garoto…
Ah, ele é Botafogo. Comprei para ele, e o irmão vai ganhar uma camisa do Botafogo – respondeu a mãe, sorridente, já sabendo que tratava-se da aproximação de um botafoguense orgulhoso e que, logo em seguida, quis saber onde era o Estádio Nilton Santos para uma visitação.

Julian Susel tem dez anos, argentino de Buenos Aires e torcedor do River Plate, mas adotou o Botafogo no Brasil. Me contou que ficou encantado com a campanha alvinegra na Libertadores e, principalmente, pela forma heroica como o Glorioso venceu o Atlético-MG e conquistou a América no Monumental de Núñez.

E vá achando que o pequeno não está firme na sua escolha…

Julian, nessa minha mesa só há torcedores do Flamengo. Somos resistência – mostrei.
Você tem que ser Flamengo – disseram, como de praxe, alguns amigos rubro-negros para ele.
Não, vocês nos ganharam na final em 2019 – respondeu, balançando a cabeça negativamente.

Também não pense que o novo botafoguense é da geração modinha que pode vir por aí. Ao falarmos rapidamente sobre tradição e ídolos, Julian, acreditem, foi capaz de citar nada menos que Garrincha.

Garrincha, o craque do Mundial de 62 – destacou.

Depois dessa eu tive certeza ele era diferenciado. Passado e presente já foram conectados com sucesso. O futuro de Julian, a curto prazo, não é nada chato. Deixou a Cidade Maravilhosa rumo à Ilha Grande, em Angra dos Reis, onde continuará curtindo férias com a família. Só que agora, fincando o chinelo alvinegro nas areias. O Botafogo já o escolheu.

Fonte: Redação FogãoNET

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