Assumpção descarta promoção de ingressos e alfineta torcida: ‘Cobra, mas não vai’

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Por FogãoNET

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Em seu primeiro jogo como mandante no Brasileiro, contra o Internacional, o Botafogo cobrou cinco vezes mais do que o Fluminense em sua estreia, contra o Figueirense — R$ 50 e R$ 10, respectivamente. E o resultado financeiro não foi melhor. Descontados custos de operação, penhora e a parcela que cabe ao Consórcio Maracanã, o Fluminense ficou com mais de cinco vezes o valor final que recebeu o Botafogo — R$ 118 mil para o tricolor e R$ 22 mil para o alvinegro. O alvinegro levou 7.954 pagantes para o Maracanã, que pagaram em média R$ 38,85. No jogo do Fluminense, 31.173 torcedores pagaram em média R$ 12,36.

Questionado pelo GLOBO sobre a política de preço das entradas, o presidente Maurício Assumpção descartou ingressos promocionais e comparou as torcidas de Botafogo e Fluminense.

— Nós já fizemos promoções no ano passado, quando tínhamos Seedorf e Rafael Marques, e percebemos que o aumento do público nesses casos é de 15%. No Fluminense, realmente, eles colocam o dobro de torcedores quando há promoção. A verdade é que o torcedor do Botafogo fica na redes sociais cobrando promoção, mas, quando fazemos isso, ele não vem ao estádio — criticou o presidente Maurício Assumpção. — Na Libertadores, o torcedor do Botafogo mostrou que comparece quando compra o barulho do time, mesmo sem promoção.

Depois de somar 134 mil pagantes nos quatros jogos em casa na Libertadores, o Botafogo pegou o Internacional em má fase, após derrotas para San Lorenzo e São Paulo, e em grave crise financeira, com jogadores sem receber salários há dois meses. Como atração, o alvinegro tinha a estreia de Emerson Sheik. De acordo com Assumpção, o momento do time não vai influir na política de preços para o Brasileiro, determinada antes da competição. Em clássicos cariocas, o ingresso mais barato custará R$ 60. Contra os outros clubes considerados grandes do país, R$ 50. Nos demais jogos, como o confronto contra o Criciúma, dia 9, a entrada custará R$ 40.

‘Não tenho o patrocínio que eles têm’

O mandatário alvinegro destacou que, pelo fato de Fluminense e Botafogo terem contratos diferentes com o Consórcio Maracanã, a arrecadação do tricolor é proporcionalmente maior. Como espera a entrega do Engenhão para novembro, segundo prazo dado pela Prefeitura do Rio, o contrato com o alvinegro permite ao clube deixar o acordo de forma mais simples. Em mais uma comparação com o Fluminense, Assumpção ressaltou que os clubes vivem realidades distantes. Para o mandatário alvinegro, o rival pode se dar ao luxo de fazer promoções.

— Eu não tenho o patrocínio que eles têm e não posso descartar a minha receita de bilheteria — afirmou.

O presidente do Botafogo lembrou ainda que as promoções atrapalham o fortalecimento do programa de sócio-torcedores do clube, que, atualmente, tem 11 mil torcedores. Desses, sete mil têm direito a ir a todos os jogos. O clube vai aumentar a divulgação do programa para mostrar as vantagens de ser um associado. Na última semana, uma ação foi lançada para dar brindes e até anualidade grátis para sócio-torcedores que indicarem novos membros.

— Eu não posso cobrar R$ 10 no ingresso e o sócio-torcedor, que está com a gente o ano todo e pagando R$ 79,90 por mês, ficar com cara de otário — disse.

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