A diretoria do Botafogo oficializou nesta terça-feira um acordo para mandar seus jogos no Maracanã. O anúncio foi feito em entrevista coletiva, realizada no Engenhão. O contrato, que não tem multa rescisória, prevê que o clube fique com a receita obtida nas vendas de 43 mil ingressos (os mais baratos, localizados atrás dos gols), num modelo semelhante ao do Fluminense.
– Ganhamos financeira e tecnicamente. Nossa casa agora se chama Maracanã. O contrato foi decidido de forma comercial, é um contrato vantajoso para ambas as partes. Mas temos cláusulas de confidencialidade – declarou o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção.
No único jogo que mandou no estádio até o momento, contra o Vitória, o Botafogo havia feito a partilha total de todos os setores, nos mesmos moldes previstos no contrato entre o Consórcio Maracanã e o Flamengo. Desta forma, porém, é preciso pagar custos operacionais do estádio. Segundo Sérgio Landau, diretor executivo alvinegro, o modelo tricolor mostrou-se mais vantajoso.
– Financeiramente, se a partida contra o Vitória fosse já com o acordo, teríamos 120% a mais de arrecadação – explicou Landau.
O primeiro jogo do Botafogo no Maracanã após a celebração do acordo será contra o Internacional, em 15 de agosto. A tendência é de que o clube jogue dez vezes no estádio até o fim do ano.
Sócio-torcedor
O presidente Assumpção comentou ainda sobre a situação dos sócio-torcedores do Botafogo. Segundo ele, o programa será mantido, mas poderá passar por adaptações.
– A questão do sócio-torcedor é delicada. O Botafogo está fazendo o seu dever de casa, mudando a plataforma, com uma reestruturação tecnológica. Algumas falhas não podem acontecer. Queremos chegar a 20 mil, hoje temos 9 mil. Ainda estamos vendo com o consórcio como será com o nosso sócio-torcedor. Precisamos casar com a acessibilidade do Maracanã. Queremos dar o mesmo conforto que dávamos no Engenhão. Os planos de sócio-torcedor serão mantidos.