A tentativa de conquistar a América começa em casa. Por necessidade técnica e, sobretudo, econômica, o Botafogo dificilmente irá ao mercado para substituir Oswaldo de Oliveira. Como o técnico custava R$ 380 mil mensalmente ao clube, a diretoria enxerga na efetivação de Eduardo Húngaro, treinador da base, uma forma de economizar e, ao mesmo tempo, lançar um novo nome, capaz de mostrar resultados e novos jogadores em campo.
Por ser um exímio conhecedor das categorias de base alvinegras, Húngaro tem a experiência que a diretoria acredita ser necessária para lançar jogadores sem perder a competitividade do time na mais esperada competição de 2014. Mesmo sem ir à Copa Libertadores há 17 anos, os dirigentes apostam na renovação, tanto do técnico quando de parte do elenco.
Destaque do Botafogo na última temporada, quando chegou a ser convocado para a seleção brasileira, o zagueiro Dória é o exemplo perfeito do resultado do trabalho desenvolvido por Húngaro e sua equipe na base alvinegra. O jogador chegou ao clube com 14 anos e teve toda a sua formação física e técnica realizada pelos profissionais do Botafogo. Com um elenco repleto de jogadores que vieram de baixo, Húngaro seria capaz de fazer os garotos renderem. E sem gastar muito, seja dentro ou fora das quatro linhas.
Além de Húngaro, dois nomes foram cogitados em General Severiano: Tite e Paulo Autuori. Ambos considerados, até o momento, muito caros. Se conseguir um novo contrato de patrocínio, pode ser que o panorama mude.