A estranha interdição do Engenhão por problemas na cobertura ainda rende panos para manga. Em entrevista ao site do jornalista Rica Perrone, o presidente Mauricio Assumpção, do Botafogo, explicou por que não adotou uma postura mais enfática no caso.
– Já comentei no Conselho Deliberativo, tem horas que não adianta ser muito valente. Porque a valentia não resulta em problema imediato para mim, mas para o Botafogo. O clube seria o único prejudicado. Estamos fazendo ajustes e o clube vai ser ressarcido devidamente por todos os prejuízos. Aos poucos e sem ser prejudicado – garante.
Assumpção ainda aproveitou para rebater as críticas de que teria envolvimento político na situação.
– O Botafogo parou de pagar a manutenção. Mas entende que tem prejuízo. Estamos fazendo de forma muito tranquila com o Município e com os dois consórcios do estádio. Muita gente fala que eu não brigo com prefeito porque é do meu partido e porque quero me candidatar à política. Disseram que eu ia ser candidato a vereador, e não fui. Estão dizendo que vou ser a deputado, também não serei. Ser político não faz parte do meu escopo, como vida pessoal. Me filiei a um partido porque o governador, o vice e o prefeito são dele. O vice (Pezão) me pediu e tem me ajudado muito no Botafogo, inclusive na liberação do CT da base. Achei que não tivesse nada de mais, mas a oposição diz que uso o Botafogo como trampolim para conseguir determinadas coisas. O tempo vai dizer exatamente quais foram as providências que tomamos. Posso dizer que em breve vão saber de uma grande novidade por causa dessa negociação – diz, sem se aprofundar.
O presidente confirmou que o Botafogo seguirá com o Engenhão e que o estádio será lucrativo mesmo com o Maracanã aberto.