A Procuradoria de Justiça Desportiva entrou, na manhã desta quinta-feira (2), com um recurso pedindo que o caso do jogador Emerson Sheik seja revisto e punido com alto rigor, já que o atacante cumprirá apenas pena de 4 jogos de suspensão por ofender a arbitragem, e ter sido absolvido por protestar contra a CBF e pela jogada violenta contra o atacante do Bahia.
Logo após o resultado ser divulgado, o Procurador Geral, Dr. Paulo Schmitt, não demonstrou satisfação com a decisão da Comissão Disciplinar.
“A 1ª instância infelizmente tratou um atleta infrator reincidente, que inclusive cometera múltiplas infrações na mesma partida, como baluarte da liberdade de expressão e da democracia, e até mesmo com idolatria. Foi premiado ao invés de punido. Saiu satisfeito do tribunal. Alguma coisa está errada. Esperamos análise da Corregedoria da Corte sobre o que foi divulgado pela mídia acerca da postura inadequada de alguns julgadores”
O recurso reforça as infrações cometidas pelo atacante. William Figueiredo, Procurador responsável pela preparação da ação, falou sobre a atitude de Sheik.
“Ora, só há liberdade, onde há responsabilidade! O ato foi, no mínimo, irresponsável, pois assacou e impingiu à CBF uma vestimenta que não tem, ao bel prazer de comentário inapropriado, inadequado, inoportuno, com o único propósito de atingir a imagem da entidade. Fosse a intenção do atleta a de expressar a sua opinião, deveria ter aguardado o momento próprio e escolhido o veículo adequado. Mas não! Na sequência de uma justa expulsão e após proferir toda sorte de impropérios ao árbitro da partida, o Primeiro Recorrido usou uma emissora de televisão para atingir a CBF, como se está fosse a culpada pelo seu destempero e conduta inadequada.”
Ainda no recurso, a Procuradoria inseriu a conduta de Ramirez, expulso na mesma partida que Emerson, contra o Bahia.Ramirez recebeu uma pena de apenas dois jogos por uma denúncia de agressão.
Até o fim do recurso, os atletas viverão um momento de incerteza, com o risco de terem suas penas modificadas.