Honda chegou ao Botafogo em fevereiro deste ano como grande contratação internacional, lotando o aeroporto e caindo nas graças da torcida. Se dependesse do empresário Marcos Leite, que intermediou a negociação com o Alvinegro, o craque japonês já poderia ter desembarcado antes no Brasil.
Em entrevista ao canal “Gigante Glorioso – Aqui é Botafogo” na última semana, Marcos Leite revelou como começou seu contato com Honda.
– Honda veio agora, mas penso em trazê-lo para o Brasil desde 2016. Sempre admirei pelo talento dele, um baita jogador, muito técnico e inteligente. Enxerga o jogo de uma uma outra maneira. Sempre quis trazer. Quando saiu do Milan e foi para o Pachuca, jogou muita bola, tentei trazer para o Brasil. Não tinha um clube específico, tinha a ideia, precisava do aval dele e do irmão dele. Me disse que não naquele momento, que ia para o Pachuca. Depois foi para o Melbourne, tentei e não deu certo. Quando foi para a Holanda, para o Vitesse, quase deu certo. Foi em 2019. Quando saiu do Vitesse, pensei que era a hora, liguei para o irmão e comecei a conversar. Ele disse que eu podia trabalhar alguma situação no Brasil – explicou Marcos Leite, que contou por que o Botafogo foi o escolhido.
– Analisando os clubes e elencos do Brasil, me veio o Botafogo na cabeça. Analisando a história do clube, recentemente teve o Seedorf e a torcida fez grande festa. Dentro de campo na minha visão cairia como uma luva e iria ter retorno absurdo fora de campo, com mídia, porque o homem tem imagem forte. Falei com o Ricardo Rotenberg (vice-presidente comercial e de marketing), respondeu que era nome de peso, mas como pagariam o salário? Eu disse “vamos conversar que isso dá negócio”. Fui ao Rio, expliquei o projeto, se encaixava perfeitamente na folha do Botafogo, não seria um absurdo. Na minha cabeça não adianta trazer um jogador ganhando muito e ter problemas com o grupo. Expliquei o que o Honda poderia trazer dentro e fora de campo, Rotenberg e presidente abraçaram a ideia. Agora o homem está aí – acrescentou o empresário.
‘Honda vai deixar legado’
Marcos Leite não se surpreende com o entrosamento de Honda e com os exemplos que têm dado.
– Quando eu tive a ideia de trazer o Honda para o Brasil e fui conversar com Rotenberg, sabia que isso podia acontecer. Sabia que teria impacto grande no elenco, dentro e fora de campo. Já sabia da repercussão, da pessoa, do caráter, é um cara sensacional, show de bola, fora da curva. Sabia que ia dar mexida no grupo, chegar nos mais jovens e incentivar, seja dentro ou fora de campo. É um cara que vem de outra cultura, tem outra cabeça. Acho que vai ser um ídolo em campo e deixar legado fora dele – completou.