Os jogadores do Botafogo estão atravessando uma temporada das mais difíceis por conta dos problemas financeiros. Tanto que o grupo decidiu protestar pela terceira vez em quatro meses. O diálogo com a diretoria já praticamente inexiste. Isso porque a maioria dos dirigentes não conta mais com a confiança do elenco.
Para ser mais preciso, os jogadores contam com a ajuda de duas pessoas para enfrentarem os problemas do dia a dia: o gerente de futebol Anderson Barros e o técnico Eduardo Barroca.
Barros sempre foi o principal elo com a diretoria. O dirigente é quem vive diariamente o Botafogo e tenta resolver a maioria dos problemas. Com moral no mercado, ele, inclusive, conseguiu empréstimos de emergência para pagar salários atrasados em momentos críticos.
Esse tipo de atitude é que fazem com que o dirigente tenha moral com os jogadores, o que já não ocorre com os demais dirigentes que comandam o futebol. Até mesmo nomes de mais peso no clube, como o presidente Nelson Mufarrej, têm sofrido nesse sentido. A maior reclamação é que ficam muito tempo sem aparecer no clube.
Eduardo Barroca, por sua vez, tem papel fundamental. A gestão do treinador com os atletas é muito elogiada. Além disso, ele serve de escudo para que os protestos realizados pelo elenco não reflitam dentro de campo. O comandante dá a liberdade aos atletas para debaterem o momento.
Mas isso acaba quando os jogadores entram em campo. Barroca fez questão de separar os momentos. Quando está em campo, é tempo de treinar. Se tiver que dar bronca, elas serão bem aceitas pelo grupo. A relação tem funcionado bem para ambos os lados.