Após goleada para o Botafogo, Criciúma tem muros pichados, protesto e pedradas

0 comentários

Por FogãoNET

Compartilhe

Poucos minutos depois de deixar o aeroporto Diomício Freitas, o ônibus fretado conduzindo o Tigre chegou ao estádio Heriberto Hülse – onde as pichações nos muros já haviam sido apagadas. Assim como em Forquilhinha, um grande número de torcedores aguardava a chegada da delegação, que novamente foi recepcionada com gritos de “vergonha” e várias palavras de ordem.

Com o auxilio da Polícia Militar e de seguranças, o portão de acesso ao Majestoso foi rapidamente aberto e somente o veículo conduzindo o grupo do Criciúma entrou no pátio do estádio. Enquanto isso, a carreata formada por torcedores que estavam no aeroporto foi chegando e engrossando o número de tricolores nas redondezas do Heriberto Hülse.

Durante o protesto no Majestoso, um dos poucos membros da delegação tricolor a se pronunciar foi o diretor do departamento médico do Criciúma, José Carlos Ghedim. “Foi lamentável da maneira como aconteceu. Atirar pedra em jogador, isso não se faz. Estar aqui e criticar é um direito de todo mundo. Mas jogar pedra em jogador é coisa de bandido. Isso não é coisa para o torcedor do Criciúma. Está todo mundo ciente do que aconteceu. Os jogadores se reuniram, conversaram. O protesto é algo natural, também entendemos isso. O que não aceitamos é a violência”, lamenta Ghedim – o fato destacado pelo médico do clube ocorreu no momento em que a delegação se preparava para deixar o aeroporto.

Em meio a manifestação, Waldeci Rampinelli passou no entorno no Majestoso. Mesmo estando dentro de seu veículo, o ex-diretor de futebol do Criciúma foi reconhecido por torcedores que começaram a gritar: “Volta Rampinelli”.

Algum tempo depois, quando o movimento começava a perder força, Sergio Escudero tomou a iniciativa de seguir em direção à grade e conversar com um grupo de torcedores. “Gostaria de ter ajudado meus companheiros dentro de campo. Peço desculpas a todos, em nome de todo o plantel. Todo o time não queria fazer isso”, disse o zagueiro, visivelmente abatido com a situação. A postura do argentino, de encarar a torcida tricolor, foi muito elogiada e aplaudida pelos carvoeiros.

Aos poucos, novamente com o auxilio da PM e de seguranças, os jogadores foram deixando o estádio em seus carros. No mesmo ritmo da dispersão dos atletas, os torcedores foram deixando o Heriberto Hülse e o protesto chegou ao fim.

Notícias relacionadas