O Fluminense pode ter os melhores jogadores, os melhores rótulos, os maiores salários, as contratações mais caras. O Botafogo tem mais time. Ao menos teve, no jogo de ontem. Aliás, o clássico em Cariacica colocou frente a frente um time e uma caricatura. E o time venceu. Não precisou de mais do que 23 minutos para fazer 2 a 0 e garantir a sexta vitória em seis partidas disputadas até agora, o que lhe valeu a classificação para a segunda fase do Campeonato Estadual.
Quem, como eu, esperava um clássico equilibrado, se surpreendeu com os minutos iniciais da partida. Com Gustavo Scarpa mais uma vez improvisado na lateral esquerda, Douglas no meio-campo e Osvaldo no ataque, o Fluminense mostrava muita dificuldade de acertar a saída de bola. Logo aos três minutos, Gegê assustou Cavalieri num chute de fora da área. A bola passou à direita, com grande perigo. Mais três minutos e Diogo Barbosa acertou um cruzamento da esquerda. Henrique e Renato Chaves ficaram marcando um ao outro, Scarpa chegou atrasado e Gegê cabeceou para a rede.
O Fluminense teve a chance do empate num chute de Osvaldo, que passou à direita de Jeferson, mas, aos 23 minutos, Bruno Silva escapou no contra-ataque e abriu na direita para Luís Ricardo. O cruzamento encontrou Ribamar entrando com liberdade, entre Henrique e Renato Chaves: 2 a 0. E o jogo estava liquidado.
O que se viu daí para frente foi quase uma repetição dos últimos jogos do Fluminense: um time perdido em campo, um técnico perdido à beira dele. Eduardo Baptista trocou Douglas por Gerson ainda no primeiro tempo, o que não mudou absolutamente nada na equipe. No intervalo, tirou Osvaldo para a entrada de Felipe Amorim. Mais uma alteração inútil. Por fim, pôs Edson no lugar de Pierre.
O Botafogo abriu mão da posse de bola e não teve problemas para administrar a vantagem. Jefferson fez apenas uma defesa no segundo tempo, mesmo assim para evitar um gol contra, em cabeçada para trás de Diogo Barbosa.
Ao final do jogo, a torcida do Fluminense, mais uma vez, hostilizou o técnico Eduardo Baptista, que vem errando muito nas escalações e nas substituições. Além disso, não consegue dar ao time o menor vestígio de organização. Ainda assim, considero um erro jogar toda a responsabilidade sobre os ombros do treinador. Basta olhar o histórico recente do clube para perceber que os problemas são muito maiores do que uma simples troca de treinador. Problemas que começaram bem antes da chegada de Eduardo ao clube.
Como sempre faz em ocasiões assim, o presidente Peter Siemsen desaparece. Seu vice-presidente, Mário Bittencourt, se recusa a dar satisfações. E o único que se apresenta é o técnico. Não foi Eduardo Baptista quem lesou o clube com a estapafúrdia contratação de Ronaldinho Gaúcho no ano passado. Não foi ele o responsável pela contratação de jogadores como João Filipe, Antonio Carlos, Breno Lopes, Artur, Victor Oliveira, Renato, Magno Alves, Lucas Gomes, Guilherme Santos, Jonathan e Marlone, entre outros. Não foi ele quem rebaixou o time em 2013, com a base do time que conquistara o título brasileiro um ano antes. Mas, assim como aconteceu com Cristóvão Borges, Ricardo Drubscki e Enderson Moreira, Eduardo talvez seja o próximo vilão e acabe pagando pelos erros que cometeu e por este histórico.
Parece filme repetido. Mas os verdadeiros vilões continuam por aí, imunes à fúria dos torcedores.

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