Há tempos eu não via um jogo de futebol com tantos cenários como o que pôs o Botafogo na final do Estadual.
Da vitória de 2 a 1 no tempo normal à classificação por cobranças de pênaltis, num inesquecível 9 a 8, com a consagração do goleiro Renan.
O Fluminense não soube aproveitar o desgaste físico dos alvinegros e a bravura dos comandados de René Simões foi de dar orgulho.
Bravura que os jogadores teriam em qualquer estádio para onde fossem levados.
Creditar o resultado positivo à transferência do jogo do Maracanã para o Engenhão é minimizar um feito maior.
Falta muito ainda para o Botafogo produzir encantamento, virtuosismo, mas já não falta espírito de vencedor para este time.
E isso, por si só, é um grande passo.
Não pensem que é fácil encarná-lo!
Taí o Fluminense que, mesmo com mais recursos técnicos, não demonstra tal perfil.
Em sã consciência, é impossívell imaginar que a troca de Cristóvão Borges por Ricardo Drubsky iria produzir diferença em tão pouco tempo.
Porque não é por falta de qualidade que o time tricolor há algum tempo patina.
Algo estranho parece impedir que o coletivo se assuma como deve ser no futebol.
O que é, eu não sei… mas que há, há…