Bota e Flu evitam desgaste e optam por vídeos e ‘papo tático’

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Por FogãoNET

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 A maratona de jogos imposta pelo calendário do futebol nacional tem prejudicado a preparação de Botafogo e Fluminense. Os titulares das duas equipes pouco treinaram com bola nos últimos dias. No Tricolor, Vanderlei Luxemburgo realizou apenas um treino coletivo com todo o elenco desde sua chegada, no dia 30 de julho. Já o Alvinegro poupa seus jogadores há duas semanas.

As duas equipes completarão uma sequência de seis jogos em 18 dias neste final de semana, pelo Campeonato Brasileiro. O Fluminense entra em campo neste sábado, contra o Náutico na Arena Pernambuco, enquanto o Botafogo encara a Portuguesa no Canindé. Como forma de evitar um grande número de desfalques, os times diminuíram a carga de trabalho nos treinos.

No Tricolor, o número de lesionados já é grande. Estão no departamento médico das Laranjeiras Bruno, Wellington Silva, Valencia, Deco, Rhayner, Marcos Junior, Marcelinho e Digão. No Botafogo, os desfalques têm sido mais raros, mas nem por isso a preocupação diminui. O Alvinegro tem um elenco restrito após a perda de jogadores como Andrezinho, Fellype Gabriel e Lucas, este por grave lesão.

Como saída, os times adotam soluções fora do campo para manter suas equipes em evolução. Oswaldo de Oliveira e Vanderlei Luxemburgo têm investido nas conversas com seus jogadores para arrumar detalhes táticos. O treinador do Fluminense chegou a mudar a forma da equipe jogar sem nem mesmo ter tempo para praticá-lo em um treinamento.

Já Oswaldo de Oliveira aposta na continuidade com um mesmo esquema tático para evitar problemas diante da falta de treinamentos. O treinador, no entanto, teve de lidar com desfalques sem poder testar as reposições em treinos. Foi o caso do lateral direito Edilson, que substituiu Gilberto no empate contra o Internacional, na última quinta-feira.

A rotina no Alvinegro e nas Laranjeiras é bem parecida: normalmente, os titulares nem mesmo vão a campo e realizam apenas trabalho na academia, sem a mesma intensidade da feita pelos suplentes no gramado. As equipes também assistem a vídeos que duram com observações sobre os adversários e os erros dos próprios jogadores nos últimos jogos.

No caso de Vanderlei Luxemburgo o prejuízo envolve também sua adaptação ao elenco. O técnico quer levar a equipe tricolor para uma curta temporada fora da cidade do Rio de Janeiro, mas a falta de datas impossibilita o plano.

“Estamos conversando sobre isso [temporada fora do Rio]. Se houver possibilidade, é sempre bom. Podemos treinar variações, arriscar mais, conversar mais com os jogadores. Ganha proximidade. Mas são muitos jogos em seguida. E semana que vem já entra a Copa do Brasil. É duro. Essa é a realidade, e não só do Fluminense. Seria bom uma folguinha, temos de estudar o calendário para ver se será possível”, disse Luxemburgo.

Já o Botafogo tem visto seu principal jogador cair de produção nas últimas partidas por conta do desgaste físico. O camisa 10 Seedorf ficou de fora do empate por 2 a 2 com o Atlético-MG, no dia 7 de agosto, com dores musculares e depois não voltou a repetir as boas atuações de 2013 nas rodadas seguintes, contra Goiás e Internacional.

Apesar das dificuldades enfrentadas até aqui, a maratona ainda está só começando. Somente no dia 22 de setembro, após receber o Bahia já pelo 2ª turno do Brasileiro, o Botafogo terá sete dias seguidos sem jogos. O mesmo acontece com o Fluminense, que enfrenta o Coritiba no mesmo domingo e só volta a campo uma semana depois, contra o Goiás.

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