O Botafogo e a Telexfree não poderiam assinar o acordo de patrocínio no Brasil. A informação foi confirmada pelo advogado do grupo, André Andrade, em entrevista para o ESPN.com.br. Em um vídeo divulgado para anunciar a parceria, o diretor de marketing da empresa insiste em dizer que toda a operação foi feita nos Estados Unidos. O diretor executivo do Botafogo, no entanto, havia negado que houvesse problema com isso.
De acordo com Sérgio Landau, os contratos foram fechados em Miami porque o clube quis conhecer a sede da empresa com quem estava se relacionando. Segundo o advogado da Telexfree, no entanto, como as operações do grupo estão bloqueadas, não teria como fazer o pagamento em território brasileiro.
Apesar de admitir a restrição, o responsável jurídico pela companhia norte-americana afirmou que assinar nos EUA foi uma opção das partes para mostrar que a parceria é internacional.
“O contrato e o pagamento foram feitos em Miami porque essa é uma parceria internacional, que quer levar o Botafogo cada vez mais lá para fora. Não faria sentido em um acordo como esse, que tem como objetivo a internacionalização da marca, assinar no Brasil. Foi esse o motivo de todos os documentos terem sido feitos nos EUA, bem como o pagamento”, afirmou Andrade, ao ESPN.com.br.
“Como as operações da empresa estão bloqueadas, não há como movimentar nenhum dinheiro das contas bancárias aqui no Brasil. Então, se as partes tivessem optado por concluir o acordo aqui, não conseguiriam, mas não foi essa a opção”, completou.
André Andrade ainda explicou que a empresa no Brasil é uma licenciada da norte-americana e que quando os problemas na Justiça começaram, os contratos entre elas foram desfeitos temporariamente. Portanto, atualmente, segundo o advogado, legalmente, a empresa do Brasil não tem ligação direta com a dos EUA.
Ele afirmou ainda que o patrocínio foi firmado pela certeza que o grupo tem de que os problemas serão resolvidos e de que a Telexfree poderá atuar em breve.
“Há uma confiança grande de que os problemas serão resolvidos em breve e que o grupo poderá atuar no Brasil. Por isso, já estamos tentando firmar nossa marca aqui, para que as pessoas nos conheçam. Não saberia te dar um prazo de em quanto tempo isso se resolverá. Se, por um acaso não se resolver, como você me perguntou, o patrocínio continuará, porque temos o objetivo de internacionalizar o Botafogo, que disputará a Libertadores neste ano”.