A bola parada funcionou muito bem no estádio Los Larios, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, pela semifinal da Copa do Brasil sub-20. Os cinco gols da vitória do Criciúma sobre o Botafogo por 3 a 2 tiveram origem neste tipo de lance. Fernando e Bruno Lopes (duas vezes) marcaram para os catarinenses, na noite desta quarta-feira, e Kerlyson e Vinícius fizeram para os alvinegros.
Com o resultado, o Criciúma larga em vantagem e pode perder até por 2 a 1 na próxima quinta-feira, às 19h, em Santa Catarina, que garante vaga na decisão. Ao Botafogo resta vencer por dois gols de diferença – ou com triunfo simples a partir de 4 a 3. A repetição do placar leva a disputa para os pênaltis. Quem passar pega Atlético-MG ou Santos – o Galo venceu a primeira partida por 2 a 0, em Minas Gerais.
O jogo
A primeira etapa foi decidida na bola parada. O aviso inicial veio com três minutos, quando o goleiro Marlon saiu mal do gol para cortar uma cobrança de falta e Fernando quase marcou. O Botafogo não entendeu bem o recado, tanto que o mesmo Fernando voltou a aparece na área, após escanteio, e abriu o placar de cabeça. Tanto não entendeu que em novo escanteio o centroavante Bruno Lopes chegou livre para ampliar.
Aí os alvinegros encontraram na bola parada uma saída para tirar o prejuízo. O zagueiro Kelyrson desviou a falta cobrada pela esquerda e diminuiu. Em escanteio fechado, Vinícius empatou.
A movimentação foi mais intensa na volta do intervalo. Mas o perigo mesmo continuou na bola parada. Erick quase virou para o Botafogo com um gol olímpico. Os catarinenses responderam com Bruno Lopes, que apareceu no meio da área para completar a falta cobrada por Bruno Mazzuchello: 3 a 2.
Quase como uma repetição do lance, o Criciúma teve a chance de ampliar, mas Heitor mandou para fora. Os jogadores alvinegros então iniciaram uma discussão para tentar acertar o posicionamento.
O nervosismo estava claro. Ficou nítido quando Andreazzi acabou expulso. Depois, Jefferson recebeu o cartão vermelho direto após uma falta em Bruno Mazzuchello. Com menos dois, a reação tornou-se quase impossível. E o Criciúma administrou bem a vantagem.
Aos 48 minutos, a última esperança era uma falta – novamente a bola parada – frontal para os cariocas. Mas o árbitro, que assinalou três minutos de acréscimo, não permitiu a cobrança e encerrou a partida mesmo depois de a barreira já ter se posicionado. Os jogadores alvinegros reclamaram muito, mas de nada adiantou.