A expressão “o Botafogo é um paciente na UTI” voltou a aparecer. Dita pela primeira vez pelo vice-presidente executivo Luis Fernando Santos, o que gerou revolta na torcida, a frase foi usada por Carlos Augusto Montenegro nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Brasil.
Presidente campeão brasileiro em 1995, integrante do Comitê Executivo do Futebol e entusiasta do projeto clube-empresa, ele detalhou a situação atual.
– O Botafogo é um paciente que está moribundo na UTI, ligado por fios, a máquina está funcionando e ele não consegue mais se mexer sozinho. E a gente está tentando mover a máquina. Não tem dinheiro, não tem um centavo. O clube está num estado de UTI, praticamente vegetal, respirando por aparelhos. Fizemos esse comitê para manter esses aparelhos ligados até aparecer um investidor – explicou Montenegro.
– Tem muita gente interessada, mas é um processo que pode demorar de um a cinco meses. Pode não acontecer, e a gente pode desligar os aparelhos – disse à Rádio Brasil.
Uma das medidas vai ser baixar o investimento no futebol profissional.
– Nosso critério é manter o Botafogo vivo. Todos os jogadores que têm contrato vencendo em 31 de dezembro vão embora. A gente vai começar a renovação passando a folha salarial de R$ 3 milhões para R$ 1 milhão – acrescentou.