Capita aprova venda de Vitinho e cobra mais apoio da torcida

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Por FogãoNET

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Ídolo do Botafogo, Carlos Alberto Torres aprovou a venda do jovem Vitinho, de 19 anos, para o CKSA, da Rússia. Mesmo reconhecendo as críticas dos torcedores e da mídia, o capitão do tri lembrou que o clube não teve escolha e que o valor de 10 milhões de euros (cerca de R$ 31 milhões) vai acabar sendo bom para os cofres alvinegros. Para o ex-lateral, os torcedores alvinegros que reclamam da negociação deveriam ir mais ao estádio apoiar o time treinado por Oswaldo de Oliveira.

– Tinha que vender. Tinha uma multa, mas quem diria há seis meses que ele valeria isso tudo. O Botafogo levou uma pancada com a interdição do Engenhão. A maior arrecadação do Botafogo era o Engenhão. E agora? Se fosse o presidente faria a mesma coisa. Há as heranças deixadas pelos dirigentes antigos. Dívidas enormes. O que eu sei é que chamaram o Vitinho para reformular o contrato e ele não quis. A torcida tem direito de reclamar, mas tem obrigação de ir em maior número ao estádio para apoiar. Aumentam o preço do ingresso e todo mundo reclama, mas quando diminui ninguém vai. A administração do Maracanã chamou o Botafogo para dar 40 mil lugares. Quantos botafoguenses vão lá?

Capitão do Brasil na conquista da Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres não deixou de comentar o momento vivido pela Seleção que, para ele, ainda não está preparada para 2014. Experiente, o ex-jogador minimizou o título da Copa das Confederações e disse que Luiz Felipe Scolari precisa definir o time titular.

Pelo menos, agora tem um time. É o que tem e não tem o que discutir”
Torres

– Souberam aproveitar bem o ambiente da Copa das Confederações. É um torneio de turismo, são países em final de temporada. Os jogadores da Itália foram ao Corcovado, para a praia… Em um torneio sério isso não existe. É um torneio que a Fifa inventou, mas não é a elite. A elite está na Copa. Mas o Brasil venceu. Se perdesse, teria que começar tudo de novo. Pelo menos, agora tem um time. É o que tem e não tem o que discutir. O que falta é definir. Não é um grande time, mas será bom. Nós tivemos o fim de uma geração na Copa de 2010. Tenho certeza que para 2018 (Copa da Rússia) o Brasil terá um grande time. Será a geração que participará agora e outra ainda que surgirá. Isso conta muito.

Projeto com ex-campeões do mundo

Mesmo fora dos campos, o Capita segue envolvido com o futebol. Ao lado do filho Alexandre Torres e do ex-jogador Ricardo Rocha, ele comanda a RT4Sports. A empresa firmou uma parceria com a suíça Ballmiras e vem realizando com muito sucesso um projeto chamado “BrazilMasters.94.02”. O craque alemão Lothar Matthäus é embaixador da ideia e está no Brasil para alinhar os futuros compromissos.

Lothar Matthäus carlos alberto torres  (Foto: Felippe Costa)
Carlos Alberto Torres e Lothar Matthäus durante almoço no Rio de Janeiro (Foto: Felippe Costa)

Eles realizaram nos últimos dois meses um jogo na China e outro na Arábia Saudita, e estão fechando mais quatro ainda para esse ano – Emirados Árabes, Catar, Ucrânia e Macau. O projeto está criando uma base para percorrer pelo menos 100 países nos próximos 5 anos.

– A ideia do Brasil Master seria um time de ex-jogadores campões do mundo de 1994 para cá. Sempre pedem para juntar o pessoal, que é um mercado existente na Europa. A Alemanha coloca 40 mil pessoas nos estádios. Lá fora eles têm uma afinidade maior com ex-campeões. Um rapaz que é sócio do Lothar registou esse nome. Ele é húngaro e pensou nisso. Sempre que ele necessita, a gente envia os nomes e realiza o evento.

Seleção de ex-jogadores do Brasil (Foto: Divulgação)
Seleção de ex-jogadores do Brasil durante apresentação na Arábia Saudita (Foto: Divulgação)

Embaixador da Copa do Mundo de 2014, Carlos Alberto Torres sugeriu ao Ministério dos Esportes que o mesmo aproveitasse a participação desses ex-jogadores para promover a competição no exterior.

– O pensamento junto ao Ministério do Esporte é de aproveitar esses jogos para promover a Copa do Mundo do Brasil. Já participei de algumas feiras de Turismo no exterior e sempre querem nos ouvir, ouvir campões do mundo. Demos essa ideia. O projeto já foi feito, lançado e agora estamos aguardando o início. Essa época do ano é importante. O que o torcedor vai fazer no Brasil? Não pense que eles conhecem muito o país. Você fala das Cataratas do Iguaçu e ninguém conhece, só falam de Copacabana e Ipanema. É o momento de aproveitar para divulgar o Brasil.

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