Craques do ‘Fogão’ Paulinho Criciúma (primeiro à esquerda), Helder (segundo à esquerda), Mazolinha (segundo à direita) e Donizette ‘Pantera’ (primeiro à direita) (Foto: Cassio Albuquerque/GE-AP)
O sonho de todo torcedor de longa escala é presenciar os craques do seu time do coração. A experiência se torna mais gratificante quando se consegue unir jogadores de diferentes épocas. Os botafoguenses do Amapá lembrarão com muito carinho da tarde deste sábado (9), data em que reuniu quatro astros do time: os campeões cariocas de 1989 e 1990 Helder, Mazolinha, Paulinho Criciúma e o campeão de brasileiro de 1995, Donizette, mais conhecido como Pantera.

Ex-jogadores Paulinho Criciúma e Donizete (Foto: Wellington Costa/GE-AP)
O encontros dos veteranos do time alvinegro não foi em nenhuma partida especial, mas não deixou de ser inesquecível para a fiel torcida da estrela solitária. Em visita ao estado, à capital Macapá, os craques relembraram momentos importantes das respectivas carreiras.
Mesmo com a aposentadoria das chuteiras e fora dos holofotes da imprensa esportiva, o paraense Helder, de 46 anos, o paulista Mazolinha, de 54 anos e o catarinense Paulinho Criciúma, de 52 anos, são lembradas por torcedores da antiga e da nova geração por quebrarem um jejum de 20 anos sem conquistar o título do campeonato carioca e por repetirem a façanha no ano seguinte. Os jogadores eram considerados o grande trio do clube na época.
– O mais incrível é que mesmo depois de muito tempo ainda conseguimos receber esse carinho da torcida. O cruzamento que eu fiz para o gol da vitória do time na final do Carioca de 1989, ainda é assunto em mesas de bar e encontros de torcedores em todo Brasil. Alguns ainda me agradecem pela perna “abençoada” que eu tive naquela partida – contou bem humorado, Mazolinha.
Criciúma, artilheiro do campeonato estadual daquela época, diz que viveu o melhor momento da carreira, quando fez parte da equipe alvinegra.

Ex-jogadores Helder e Mazolinha (Foto: Wellington Costa/GE-AP)
– O mais gratificante para um atleta é ser lembrado como herois para o público. Isso não se reflete apenas na torcida do botafogo, mas também torcedores de outros clubes do Rio e de outros estados me elogiam pela minha carreira como jogador. É uma coisa que não tem preço – diz emocionado.
Já Helder, se admira com o número de torcedores nas regiões mais distantes do Rio de Janeiro e com o carinho dos fãs.
– A nossa trajetória não é lembrada por pessoas que viveram naquela época. Percebo isso quando estou em algum lugar e um jovem vem me pedir autógrafo ou me parabenizar pela trajetória. Somente o futebol proporciona uma paixão tão grande entre os torcedores – declarou.

Craques da fase de ouro do Botafogo relembrando pose para foto na época em que jogavam (Foto: Cassio Albuquerque/GE-AP)
Sempre brincalhão, o campeão brasileiro Pantera, de 45 anos, fez questão de relatar que o time abriu portas para a carreira do mesmo em outros clubes.
– O Botafogo foi início de tudo no meu legado no futebol e essa minha trajetória na equipe me rendeu importantes momentos que ficarão marcados para sempre na minha vida – contou.
Os craques farão uma tarde de autógrafos com os fãs amapaenses durante o evento “Feijão no Fogão”, festa organizada da torcida que reuniu mais de duas mil pessoas em Macapá, no ano de 2011.