Ex-cartola do Bota recusa Santos e crê no MMA: ‘UFC paralelo’

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Por FogãoNET

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Um dos principais nomes da diretoria do Botafogo entre 2009 e 2012, o ex-diretor de marketing Marcelo Guimarães até hoje não entende o motivo de sua demissão do clube, em fevereiro. Após deixar General Severiano, o profissional recebeu uma proposta do Santos, que foi recusada por não haver acordo financeiro.

Apesar de ter entrado no meio esportivo através do futebol, Marcelo Guimarães decidiu se arriscar em outra área do mercado. Prova disso é que ele fechou parceria com a empresa BW Sport & Marketing e está apostando no MMA (Artes Marciais Mistas). Ele faz críticas ao UFC (Ultimate Figth Championship), o maior torneio do esporte, e quer aumentar o mercado de competições alternativas, como o Bitetti Combat, com quem fechou uma parceria recentemente.

Após se desligar do Botafogo, Marcelo Guimarães teve proposta do Santos. O dirigente não tinha tanto interesse em deixar o Rio de Janeiro e fez uma pedida financeira ousada. “Recebi muitas propostas. Uma delas foi do Santos, mas não chegamos a um acordo. Tenho uma enorme satisfação em continuar no esporte. Foram algumas razões que me fizeram recusar o Santos, não apenas uma”, afirmou.

“Durante a minha vida viajei muito. Isso não seria um problema. Mas no ponto de vista pessoal não interessava sair do Rio agora. Foi levado em consideração querer ficar com a filha. Além disso o Rio é minha base, minha cidade. Aqui sou um profissional com história. Não chegamos a um acordo financeiro. Só iria em condições excepcionais e não chegamos lá”, completou.

O Santos ficou no passado. O presente é a BW Sport & Marketing com se associou e fechou parceria com o Bitetti Combat, torneio de MMA. Apesar de ser novo na área, Marcelo Guimarães não se intimida e faz críticas ao UFC, líder do esporte. Segundo ele, a empresa de Dana White perdeu a essência samurai alem de outras questões.

“Temos dois tipos de MMA. O UFC e todo o resto. O ambiente do MMA é dividido nesses dois segmentos. UFC incorpora do ponto de vista internacional, agressivo e eficiente. Acredito que exista vida fora do UFC. O MMA foi inventado no Brasil. De certa maneira, o UFC perdeu as motivações originais do esporte. Do espírito samurai, da competição desportiva. Existe espaço para quem entender que é preciso regras claras e ranking pontuados com lógica esportiva. Nesse sentido identificamos o Bitetti Combat. Nossa intenção é entrar mais forte nesse mercado”, prometeu.

Apesar do empenho em seu novo projeto, Marcelo Guimarães tem uma forte identificação com o Botafogo, onde trabalhou por mais de quatro anos. Os elogios sobre as ativações de marketing feitas em General Severiano não foram suficiente para mantê-lo no clube. A demissão ainda é uma incógnita para o ex-dirigente alvinegro.

“Fui pego de surpresa também, confesso a você. A vida me deu ferramentas para superar as decepções que tive. Trabalho há muitos anos no marketing. Não foi o Botafogo que inventou isso, eu já era profissional antes. Assim como o amor, é o trabalho. A melhor maneira é achar um novo trabalho para curar o antigo. Botafogo é do meu interesse, mas como sócio. De alguma maneira ainda não acabou meu ciclo no clube. Tenho certeza disso”, ponderou.

“Não tenho relacionamento com o Botafogo. Sai em fevereiro e desde então não conversei com ninguém. Mas o Botafogo é algo que faz parte da minha vida desde que nasci. Meu pai e avô são botafoguenses. Me relaciono intensamente apenas com a torcida e outros sócios, como eu. Em 2014 [eleições do clube] quero estar próximo e ajudar sempre que possível”, finalizou Marcelo Guimarães, que está em fase final de produção de um livro sobre o marketing esportivo, baseado em suas experiências no Alvinegro.

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