O Botafogo terá uma equipe mais “cascuda” para o clássico. Esta foi a impressão que Mancini deixou na tarde desta terça-feira, em seu primeiro treino tático na semana que terminará com o jogo contra o Flamengo, domingo, às 18h30m, no Maracanã. Do time que venceu o Coritiba, mas não fez uma grande exibição no sábado, foram feitas cinco mudanças na atividade, no Engenhão. E a experiência falou mais alto do que a manutenção do esquema tático.
Suspensos pela confusão na derrota para o Grêmio, em Caxias do Sul, Edílson e Emerson voltam ao time. Se a escalação que iniciou o treino for mantida, o lateral-direito de origem, que completará 28 anos no domingo, atuará no meio-campo e deixará o meia Daniel, oito anos mais novo, no banco. No ataque, Emerson, que completa 36 anos em setembro, entra no lugar de Yuri Mamute, de 19 anos.
Outra mudança foi a entrada de Carlos Alberto, de 29 anos, que pode preencher a lacuna na organização das jogadas ofensivas, principal problema alvinegro nas últimas duas partidas. Quem perde vaga no time é Wallyson. O atacante de 25 anos pouco produziu nos dois jogos após o fim da Copa do Mundo, mas não foi substituído em nenhuma das duas partidas. No fim do jogo contra o Coritiba, o jogador foi vaiado pela torcida em Volta Redonda. Depois de um início arrasador, quando marcou quatro gols em dois jogos pela Libertadores em fevereiro, Wallyson só voltou a balançar a rede uma vez. Ele fez o último dos seis gols na goleada sobre o Criciúma, em maio.
As últimas duas mudanças foram forçadas. Suspenso pelo terceiro amarelo, Júnior César dará lugar a Júlio César na lateral-esquerda. Os dois têm a mesma idade: 32 anos. Poupado devido a uma luxação no cotovelo esquerdo, o volante Aírton, de 24 anos, deu lugar no treino desta terça-feira a Gabriel, dois anos mais jovem. Considerado um jogador de maior poder de marcação, o primeiro é titular e não está descartado para a partida de domingo, mas o reserva imediato corre para recuperar seu posto.
— Todo mundo quer jogar e eu não sou diferente. Quero ser titular, como fui na maioria das vezes — afirmou Gabriel, que aproveitou para pedir a presença da torcida no jogo de reabertura do Maracanã após a final da Copa do Mundo. — A torcida quando vai e apoia é muito importante. A prova disso foi o ano passado, quando brigamos lá em cima durante o Brasileiro inteiro.