O técnico Oswaldo de Oliveira entendeu que a áspera discussão entre Seedorf e Gilberto, na vitória do Botafogo sobre a Portuguesa, no último domingo, foi algo comum, de jogo. E deu o assunto por encerrado dizendo que “O Botafogo não é um time de freira”. Não mesmo. Ninguém briga em uma partida entre mulheres religiosas, e uma jogadora até troca de lado quando não está ajudando sua equipe.
Quem garante é Mary Helen Medeiros, que já organizou um futebol de freiras em Sorocaba, interior de São Paulo, e chegou a bater bola com Ronaldo Fenômeno.
– Eu entendi a comparação que o Oswaldo fez e achei que foi para o lado positivo. Eles estão em um jogo de futebol, não em um convento. Os jogadores ganham para fazer aquilo e é normal ficarem com os ânimos exaltados. Freiras não discutem quando jogam futebol. É apenas uma diversão para nós, não existe rivalidade. A gente brinca uma com a outra e, quando alguém não está bem, vai jogar no outro time. Para ficar mais equilibrado – comenta a freira.
Mary Helen hoje joga futebol e pratica outros esportes com crianças e adolescentes da escola particular na qual ensina religião, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Até os alunos ficam mais calmos quando a freira está em campo ou em quadra.
– Algumas vezes eles se irritam, soltam um palavrão e logo me pedem desculpas – revelou.