Goleadores sempre são aclamados no futebol. E mesmo quando se dá valor a um “garçom”, normalmente são consideradas apenas as assistências que terminam em gols. Mas justiça seja feita. Nem sempre um bom passe termina com bola na rede. Muitas vezes a bola chega, mas os atacantes não conseguem marcar. Porém, para o Espião Estatístico o que interessa é deixar o companheiro com chances de mandar a bola para o fundo das redes. Neste caso, Seedorf é o cara. O holandês deu nada menos que 28 passes para os jogadores do Botafogo finalizarem a gol. De quebra, ainda foram quatro passes que terminaram em comemorações.
Seja um toquinho de lado que o outro resolve mandar para o gol lá de longe, seja uma espetacular matada de bola com a perna direita para fazer o passe com a esquerda (como na partida contra o Flamengo), seja um cruzamento numa falta levantada ou numa cobrança de escanteio. Não importa. Até a décima rodada, Seedorf foi o jogador que mais deixou os companheiros em condição de marcar.
Outro jogador que tem conseguido deixar os atacantes em condições de finalizar é Rafael Sobis, do Fluminense. Ele divide com Seedorf os louros de atleta que mais deu passes que terminaram em gols, também com quatro. Porém, ele fica em segundo lugar quando se leva em consideração os números gerais de finalização, com 22 passes. Éverton Ribeiro, do Cruzeiro, é outro que conseguiu este número, mas apenas três resultaram em bolas na rede.
Os passes podem sair de várias formas. Seedorf, por exemplo, é versátil. Fez 17 assistências em jogadas com troca de passes rasteiros e 11 em jogadas aéreas, seja sendo o responsável por erguer a bola para uma finalização direta ou desviando uma jogada iniciada por alguém para a finalização de um terceiro. Éverton Ribeiro também varia os passes, sendo 11 rasteiros e outros 11 pelo ar para os jogadores do Cruzeiro.
Sobis, por oturo lado, colaborou muito mais em jogadas aéreas: foram cinco assistências em troca de passes rasteiros e 17 em jogadas aéreas – sendo que em 14 delas ele foi o responsável por erguer a bola para uma finalização direta. Característica de um jogador que é o principal responsável pelas bolas paradas de sua equipe, a exemplo de Alex, do Coritiba. O veterano do Coxa deu apenas quatro passes rasteiros que terminaram em finalizações, enquanto foram 15 jogadas aéreas.
Veja a lista abaixo, que reúne os jogadores que mais tocaram na bola imediatamente antes da finalização de um companheiro até, vale lembrar, a décima rodada.
