Qual a melhor posição para Honda jogar no Botafogo? Meia ofensivo como foi em grande parte da carreira ou volante como tem sido no clube? As últimas atuações do japonês geraram questionamentos da torcida alvinegra. Comentarista de “O Globo”, Carlos Eduardo Mansur analisou a utilização do jogador por Paulo Autuori.
– Ainda que esse Botafogo venha se assentando no modelo de jogo de forte bloqueio defensivo e contragolpe, há uma questão sensível a ser abordada: Honda. A mobilidade claramente não é a ideal, o número de ações é pequeno e a influência no jogo é menor que o esperado quando chegou ao Brasil. Menos mal que o Autuori vem conseguindo montar time que disfarça essas deficiências, principalmente pela compactação, Honda não precisar cobrir espaço grande de campo. O posicionamento dele é para aproveitar capacidade técnica, de distribuição de bolas. Talvez por isso tenha se preferido usar mais dupla de volantes do que como meia, ainda há mais tempo e espaço para ter bola e pensar. Se colocasse mais adiantado talvez a falta de rapidez e mobilidade fizesse jogar ainda menos, pegar pouco na bola ou ter dificuldade para executar suas ações. A questão é que o Autuori claramente não vai usar o Honda em todos os jogos de três em três dias e tem que continuar a fazer o time evoluir nessa ideia de jogo, fazer equipe compacta com meio menos móvel fisicamente como o Honda não comprometer outras áreas da equipe – disse Carlos Eduardo Mansur no podcast “30 minutos de Botafogo“, de “O Globo”.
O comentarista Paulo Vinicius Coelho também entendeu a ideia de Paulo Autuori.
– Acho que (Honda) não está sendo utilizado na posição errada porque está fazendo bem para o time. Honda está se dispondo a exercer papel tático, mas não vai ser a cereja do bolo. Dá apoio ao Caio Alexandre, faz saída com passe e escape para o Luis Henrique correr do lado esquerdo. Acho que está faltando outra opção de velocidade, é o que o Autuori tentou escalando Kevin contra Flamengo e Paraná – explicou PVC.
