Juca Kfouri: ‘Vitinho voltou ao Botafogo na pele de Hyuri’

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Por FogãoNET

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No embate entre os brilhantes veteranos Seedorf e Alex quem mais brilhou foi o jovem Hyuri, 21 anos, duas semanas atrás contratado junto ao Audax, substituto de Lodeiro, na seleção uruguaia.

Hyuri fez de cabeça o 2 a 0, em passe preciso de Rafael Marques — que marcara o primeiro gol do Botafogo contra o Coritiba, logo aos 13 minutos, no Maracanã, diante de poucos 9.862 torcedores, 6.676 pagantes apenas.

Mas fez mais, muito mais.

Não se limitou a fazer também o terceiro gol alvinegro no começo do segundo tempo.

Fez um golaço, livrando-se de três defensores coxas, com direito à pedalada e a dois dribles desconcertantes, dignos dos melhores momentos da história botafoguense.

De quebra, ganhou o segundo abraço apertado de Seedorf, como se ele fosse, digamos, o Vitinho.

E assim, de relance, até parecia mesmo a promessa que voou precocemente para a Rússia.

Rússia de Iuri Gagarin, o primeiro astronauta a viajar pelo espaço, provavelmente o homenageado pelos pais de Hyuri.

Como o gramado do Maraca não aceita jogo ruim, e como Hyuri é muito menino para ganhar a placa que o gol dele mereceu, o Coritiba reagiu imediatamente e diminuiu para 3 a 1, em pênalti cobrado por Alex que valeu a expulsão do goleiro Renan, substituído por Milton Raphael, e a saída de Elias.

Onze contra dez, o Coritiba, que já voltara com Maycon no lugar de Geraldo, tratou de fazer mais duas trocas para reforçar seu ataque em busca de um resultado melhor, com as entradas de Lincoln e Bill, nos lugares de Gil e Júlio César.

O jogo ficou aberto. Alex punha o Coxa na cara do gol, o Fogão se defendia como podia e ainda contra-atacava com muito perigo.

Hyuri teve a chance de fazer mais um gol, mas preferiu tentar o passe, porque sentindo uma lesão que acabou por tirá-lo de campo, trocado por Octavio, que veio da base, e em seu primeiro lance deixou Gabriel na cara de Vanderlei, que evitou o quarto gol.

No lance, Gabriel também se machucou e entrou Lucas Zen em seu lugar.

Aos 40, Maycon foi expulso e as coisas se resolveram para o Botafogo que só não assumiu a vice-liderança porque o solitário gol coxa, ironicamente, impediu que seu saldo superasse o do Furacão.

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