Novato no futebol e ainda longe da estabilidade financeira, Almir — então um meia promissor do Botafogo de 2003 — não resistiu à empolgação pela compra de um potente equipamento de som para seu carro e fez questão de exibi-lo em General Severiano. Antes do treino, foi interpelado por Levir Culpi.
“Você não tem dinheiro nem para desentortar os dentes e gastou com o som?!”, questionou o técnico na frente dos outros jogadores.
A declaração, que arrancou gargalhadas do elenco e deixou Almir envergonhado, resume bem o perfil do técnico. Conhecido pela bem humorada sinceridade, ele volta a disputar o Estadual do Rio justamente contra seu clube de 13 anos atrás. Boas lembranças é o que não falta em quem trabalhou com ele.
— Falar de Levir é falar de uma pessoa correta, sincera e brincalhona. Uma vez ele disse na minha cara: “Sandro, você é um dos melhores zagueiros do Brasil. Mas por que só senta a porrada nos rivais?” — recorda o zagueiro, xodó da torcida alvinegra. — Coloquei aquilo na minha cabeça e fiz a Série B sem tomar nenhum cartão vermelho.

Da mesma forma que cobrava seus comandados, Levir não se escondia na hora de ajudá-los. Rebaixado e em crise financeira, o Botafogo não tinha nem mesmo ônibus para transportar os atletas. A ida para os treinos no CFZ era garantida graças à carona dada por jogadores e pelo próprio treinador, que levava quatro em seu carro.
— Dava carona, mas isso chateava muito ele. Porque o Levir sempre foi de lutar em prol dos jogadores. Ele cobrava muito dos dirigentes — conta Carlos Alberto Lanceta, coordenador de futebol do Alvinegro na época.
No Flu, primeira impressão positiva
O passado no Botafogo ficou para trás. Mas, ao que tudo indica, a história do treinador não será muito diferente nas Laranjeiras. A julgar pelas primeiras declarações, a impressão inicial dos jogadores do Fluminense foi a melhor possível.
— Ele é um cara bem sincero, que fala na frente. Se você errou, ele fala na hora. Se erra posicionamento, ele cobra — conta Giovanni, em discurso idêntico ao de quem o conheceu há 13 anos.
Taticamente, o estilo de trabalho do treinador também agradou. Adepto de um futebol ofensivo, Levir já agradou aos tricolores.
— Treinador que gosta de conversar, orientar bastante. Gosta do time ofensivo. Eu gostei. Acho que vai conseguir encaixar o nosso time — elogiou Wellington Silva.

Após recesso, Botafogo reabre processo seletivo para a base em Caio Martins
O Processo Seletivo de Jogadores do Fogão está de volta após o recesso de ...
Gatito promete que Botafogo não irá só se defender contra o Defensa y Justicia
Apesar de ter a vantagem do empate para avançar à segunda fase da Copa do ...
Por negociação de Zeballos com o Botafogo, Osorio é acusado de corrupção
Após deixar o comando da seleção paraguaia na última semana, Juan Carlos ...
Botafogo ‘adota’ RedeTV! após ser o único grande do Brasil sem jogo na Globo
Após vencer no Nilton Santos na ida por 1 a 0, o Botafogo encara o Defensa ...
Marcelo substitui Carli e busca repetir brilho internacional, agora na Sul-Americana
Marcelo despontou no Botafogo, em 2017, como um jovem desconhecido que precisou ...
Em vantagem, Botafogo tenta segurar Defensa y Justicia, às 21h30, para avançar na Sul-Americana
O Botafogo visita o Defensa y Justicia nesta quarta-feira, às 21h30, em busca ...
Basquete: Botafogo vence Joinville fora de casa e salta duas posições no NBB
Após duas derrotas seguidas fora de casa, o Botafogo venceu o Joinville/AABJ ...