A pouco mais de 50 km do Rio de Janeiro, na esquina da Rua Demócrito Seabra, em Pau Grande, a fachada amarela da casa de número 7 surge como uma miragem em meio à região pacata e sem grandes atrativos. Estampado no muro, o rosto de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos: Mané Garrincha. Maior ídolo da história do Botafogo e bicampeão mundial pela seleção, ele morou ali por anos. Hoje, o imóvel pertence a Alexsandra dos Santos, uma de suas netas, e as dificuldades financeiras atrapalham o desejo da herdeira em manter sua a história viva.
Há pouco mais de um mês, Alexsandra decidiu colocar a casa à venda em um site que funciona como uma espécie de “classificados online”. O pedido inicial pelo imóvel, porém, assusta. Por R$ 700 mil, qualquer interessado pode arrematar um esquecido “patrimônio histórico do futebol”.
— Nossa ideia nunca foi vender a casa, mas nós nos encontramos numa situação em que essa pode ser a única solução. Definimos esse valor pelo que tem de história na casa. Nossa ideia seria: caso alguém comprasse, que utilizasse o imóvel para divulgar a história do meu avô — explica Alexsandra, que confessou que o valor de mercado do imóvel chega próximo a metade do valor do anunciado.

Na casa de três quartos, a família criou um pequeno bar para receber os visitantes interessados em conhecer um pouco mais da história do eterno ídolo alvinegro. No espaço, imagens e pequenas lembranças do “Anjo das Pernas Tortas”, além de camisas com o seu rosto.
— Precisamos de uma ajuda para mostrar que existe esse espaço — explica Carlos Eduardo da Silva, marido de Alexsandra. — Mostrar que Pau Grande está na história do futebol por causa de Mané Garrincha. Vem gente do mundo todo para ver a sua história — lamenta.
Segundo o casal, cerca de 40 pessoas estiveram na casa no último final de semana para recordar um pouco do que foi Mané. Nas contas da família, R$ 25 mil seriam suficientes para reformar o espaço. A ideia é organizá-lo para receber visitas e curiosos. O sonho de Alexsandra, porém, está em algo maior.
— Meu sonho é fazer o Museu Acervo Mané Garrincha. Criar toda uma estrutura para mostrar a história do meu avô. Gostaria que fosse aqui na casa onde viveu. Se o imóvel for vendido, deixo a casa e crio o museu em outro local — afirma a neta do maior ponta de todos os tempos.

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