Ídolo do Botafogo, Paulo Cezar Caju reviu neste fim de semana outro nome lendário da história alvinegra: o ex-goleiro Manga, que está morando no Retiro dos Artistas, no Rio, junto à esposa, a equatoriana Maria Cecília.
Em sua coluna semanal na Revista Veja, Caju mais uma vez desabafou contra o futebol em geral apresentado no Brasil e especial o Botafogo, rebaixado no Campeonato Brasileiro com quatro rodadas de antecedência.
“O próximo campeã desse campeonato medonho não terá nada de novo para nos apresentar, assim como o campeão da Libertadores não teve. Continuo na torcida por Guardiola, que há anos vem remando contra a maré” – escreveu Caju, para em seguida lamentar o atual destado do seu Botafogo:
“É difícil explicar às novas gerações quem foi Haílton Corrêa de Arruda, o Manga, e todo aquele grupo espetacular do Botafogo, na década de 60, do qual depois, orgulhosamente, fiz parte: Paulistinha, Zé Maria, Nilton Santos, Ayrton Povil, Rildo, Garrincha, Didi, Amarildo, Quarentinha e Zagallo. Meu pai treinou esse timaço. Não quero desmerecer o Botafogo de hoje, mas me entristece demais ver toda essa história soterrada, manchada, tratada com desleixo.”
A coluna toda foi dedicada a Manga.
“Não me peçam para comentar a vitória do Flamengo, me deixem mirar os dedos retorcidos de Manga e ouvi-lo contar sobre o dia que defendeu um chutaço de Nelinho com apenas uma das mãos. Manga foi campeão no Sport, Botafogo, Nacional, do Uruguai, Internacional, Coritiba, Grêmio e Barcelona, do Equador. É ídolo do Operário, de Mato Grosso. Me deixem pensar em Manga porque ele não dá para ser explicado. História linda, mas pouco reconhecida, o que não é de se admirar no Brasil”, encerrou.