Preparador garante equilíbrio das condições de atletas mesmo em grupos distintos

0 comentários

Por FogãoNET

Compartilhe

Este é um início de temporada diferente para o Botafogo. Depois de 18 anos, o clube volta à Copa Libertadores e o desafio começa já no dia 29, na altitude, contra o Deportivo Quito. Assim, os fisiologistas e preparadores físicos do Alvinegro têm um papel de destaque pouco usual. Entre eles, o preparador físico Ricardo Henriques tem tarefa muito importante: equilibrar a preparação de duas equipes distintas, que até se apresentaram em datas diferentes.

Um grupo mais jovem terá menos tempo para se preparar, pois tem a responsabilidade de honrar a camisa botafoguense no Campeonato Carioca, a partir do dia 18, contra o Resende.

O outro, composto por jogadores mais experientes, e mais velhos, precisará de mais tempo para encarar a principal meta do ano.

Acostumado a receber todos os atletas no primeiro dia de trabalho do ano, Henriques, de 39 anos, admite que a situação é nova, mas garante que suas atribuições pouco mudaram. O intervalo de três dias entre o início de trabalho de cada equipe já foi superado com o decorrer das atividades da semana passada.

— Quem chegou no dia 3, trabalhou com bola já no segundo dia. Já o outro grupo, começou só no quarto dia. Essa foi a maior diferença, até porque o grupo que vai disputar o Carioca terá menos tempo de preparação. Mas agora já estão todos equiparados — assegurou Henriques, frisando a importância do maior tempo de preparação que o grupo da Libertadores terá: — Ter mais tempo é uma vantagem considerável.

Libertadores

Ex-jogador de futebol, o preparador sempre trabalhou com esse esporte. Experiência é o que não lhe falta. Com passagens na função por Fluminense, Cruzeiro e Kashima Antlers, do Japão, ele sabe que seu trabalho será fundamental para o Botafogo na fase eliminatória da Libertadores.

Logo no primeiro compromisso, o Glorioso subirá mais de 2.800 metros para enfrentar o Deportivo Quito, no Equador. Ciente dos obstáculos da altitude, como, por exemplo, a hipóxia (baixo teor de oxigênio no corpo) Henriques, que está há três anos no clube de General Severiano, explica a decisão de chegar a Quito apenas no dia do jogo, passando a véspera em Guayaquil, que fica ao nível do mar.

— O Conselho Médico da Fifa recomenda chegar duas semanas antes do jogo. Mas como estamos em início de temporada, não conseguiríamos fazer a preparação ideal na altitude — salientou.

Notícias relacionadas