Eduardo Hungaro desistiu do Milan e aposta no Botafogo. O mesmo 4-2-3-1 usado ano passado por Oswaldo de Oliveira agora é adotado no início da campanha alvinegra na Libertadores. Quem permite isso é Wallyson, atacante que pode agredir tanto pela direita quanto pela esquerda – como foi contra o San Lorenzo.

A cadência fica do outro lado. Lodeiro entra em diagonal da direita para o meio e Jorge Wagner… Quem julgava que sua missão seria levantar bola na área para Ferreyra cabecear enganou-se. Jorge Wagner joga como no início de carreira, no Bahia e no Cruzeiro. É meia-armador, cadencia e joga pela faixa central para aproveitar a violência de seu chute.
No rebote dele, Ferreyra fez 1 x 0, gol de centroavante oportunista, não cabeceador.
O Botafogo jogou bem contra um adversário de bom nível. Teve também Dória com ótima atuação, melhor do que em Quito, onde falhou no gol do Deportivo.

Diferente do Atlético Mineiro, que não jogou bem. Foi lento na transição do meio para o ataque, apesar da boa decisão de Autuori em manter a troca de posições dos três meias, Diego Tardelli, Ronaldinho e Fernandinho.
O Galo foi prejudicado pelo gramado duro, mas isso não significa poder abusar das bolas longas, como aconteceu especialmente no segundo tempo. Nestas circunstâncias, vencer o jogo com uma bola parada, um escanteio, foi ótimo.
A impressão do primeiro dia da fase de grupos é a de que o Botafogo tem menos craques, mas como conjunto avança mais do que o Galo.