A gratidão uniu torcedores de Botafogo e Nacional do Uruguai em prol de um único objetivo: retribuir a entrega do ex-goleiro Manga aos clubes que defendeu. Aos 82 anos, o ídolo enfrenta uma insuficiência renal e dificuldades financeiras para continuar os tratamentos. No início deste mês, segundo o Globoesporte.com, ele foi mandado para casa por falta de espaço no hospital. Diante do quadro, os torcedores dos dois clubes criaram vaquinhas online para ajudá-lo.
Manga e sua esposa, Cecília, estão hospedados na casa de um torcedor do Nacional, em Montevidéu. Lá, um grupo intitulado #CampeónDeTodaLaHistoria acolheu o ídolo e se organizou para auxiliá-lo. Por aqui, em 48 horas, a vaquinha criada pela botafoguense Gabriella Doné já arrecadou quase R$ 1.500, 30% da meta (R$ 5 mil). No Twitter, um torcedor uruguaio emocionou-se com o gesto e compartilhou um vídeo de Manga no Gran Parque Central, estádio do Nacional.
⬇ Clique no link abaixo e saiba como ajudar Manga ⬇
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-o-idolo-manga
Como sabem o nosso idolo MANGA está enfrentando problemas graves de saúde. Ele se encontra no URUGUAI, na casa de torcorea do Nacional. Entrei em contato com eles e resolvi fazer uma vakinha para ajudarmos com essa causa.
Quem puder, ajude!!!! RThttps://t.co/3rswtXij5L pic.twitter.com/Kvb3z915yX
— gabi doné (@gabsbfr13) September 16, 2019
Genial juntos podemos !!!!! BOTAFOGO & NACIONAL UNIDOS POR MANGA !!!! pic.twitter.com/808OyDByJ0
— SUPERBOLSO (@1superbolso) September 17, 2019
Manga defendeu as cores do Nacional de 1969 a 1974. Conquistou quatro campeonatos nacionais, a Libertadores da América e o Mundial de 1971. Com a camisa alvinegra, foi tetracampeão carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e tricampeão do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Foi um dos personagens de dois times históricos do Botafogo na década de 1960: primeiro, ao lado de Garrincha, Didi, Zagallo, Amarildo e Nilton Santos. Depois, com Paulo Cézar Caju, Gerson, Afonsinho e Jairzinho.
O ex-goleiro defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966 e destacou-se também no Internacional e no Barcelona de Guayaquil. No Colorado, foi bicampeão brasileiro, jogando a final de 1975 contra o Cruzeiro com os dedos quebrados. Ele tem nas mãos as marcas da dedicação ao ofício: alguns de seus dedos entortaram em definitivo.
Era no Equador que Manga vivia com sua família até o início deste mês, quando foi acolhido pelos Bolsos, como são chamados os torcedores do Nacional. Após o ídolo receber alta, eles o levaram de volta ao estádio, onde foi ovacionado no último domingo.
Em seu Twitter, o clube anunciou que o ídolo “escolheu o Uruguai por seu amor ao Nacional e pela solidariedade de torcedores que abriram a própria casa para recebê-lo”.
O Nacional acrescentou, ainda, que trabalha para conseguir uma pensão vitalícia para Manga “por sua enorme contribuição à história tricolor e do futebol uruguaio”, além de “outras ações concretas para ajudar um ídolo que joga a partida mais difícil de sua vida”. O governo uruguaio prevê o benefício a “pessoas que prestaram serviços distinguidos e meritórios ao país”.
Desde #Nacional ya se iniciaron los trámites para que #Manga tenga una pensión graciable por su enorme contribución a la historia Tricolor y a la del fútbol uruguayo. Eso, además de otras acciones concretas para ayudar a un ídolo que juega el partido más difícil de su vida pic.twitter.com/NXVUn1Jdye
— Nacional (@Nacional) September 10, 2019