Na maneira com Luís Castro quer que o Botafogo atue, de forma mais compacta, os zagueiros devem atuar mais próximos dos meio-campistas, numa linha mais alta. Philipe Sampaio, defensor alvinegro, já vinha atuando assim na Europa e explicou que este é um ponto que está sendo bastante trabalhando no dia a dia de treinamentos pelo treinador português.
– Quando cheguei aqui, mostrei ao Kanu os dados do GPS do quanto a gente corria na França e ele falou: “Pô, você está maluco!” Precisávamos sim estar mais próximos da linha, falava para ele que se der todo esse espaço para o jogador brasileiro talentoso, vamos ter muito mais dificuldade, porque normalmente os atacantes saem em vantagem no mano a mano. Se subir a linha e acompanhar os volantes, podemos ter um suporte a mais e é isso que o Luís Castro tem nos cobrado, sempre estar juntos, em bloco, com a linha bem compacta – explicou Sampaio, em entrevista ao “Tá na Área”, do SporTV.
Titular na zaga ao lado de Kanu desde as semifinais do Estadual, contra o Fluminense, Sampaio contou que o entrosamento com o companheiro tem melhorado nessa questão e disse que o calor é outra diferença que sentiu em relação à Europa.
– Na semifinal, em alguns momentos do jogo, víamos o meio-de-campo lá na frente, eu tinha acabo de chegar, mas agora já temos uma intimidade maior, vendo os vídeos, é o que vemos fazendo para consertar isso. Falei isso aqui, estávamos jogando muito longe, muito perto do goleiro, e assim ficamos muito sujeito a errar e sofrer o gol. E o outro problema é o calor. O calor que faz aqui no Rio de Janeiro é bem grande – afirmou Sampaio, revelando outras orientações de Luís Castro:
– É um novo estilo de jogo, com a linha mais ofensiva. Ele tem nos cobrado muito no dia a dia, temos que reagir rápido à perda da bola. E controlar a bola, ter calma e paciência. Ele fala que o problema não é perder a bola, mas sim reagir. Temos aprendido todo dia. Tanto psicologicamente, como taticamente, eles tem nos ajudado muito.