Alexander Barboza: ‘Estive muito perto de sair do Botafogo no início, porque sou um cara que não gosta de não jogar. Graças a Deus não deixaram’

Alexander Barboza, do Botafogo
YouTube/Botafogo TV

Zagueiro identificado com o Botafogo, campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro em 2024, Alexander Barboza quase não escreveu sua história no clube. Ele pensou em deixar o Glorioso meses após sua chegada, como contou em documentário divulgado pela Botafogo Films.

O começo não foi dos melhores. No Carioca não conseguimos fazer as coisas como queríamos, não conseguimos ganhar. Depois o técnico foi demitido também, Artur Jorge chegou. Eu começo não jogando, ficava sempre de fora. Acho que um mês, dois meses, mais ou menos. Vou dizer algo que poucas pessoas sabem. Eu estive muito perto de sair do Botafogo, porque sou um cara que não gosta de não jogar, gosto de me sentir protagonista. Eu sentia que não tinha oportunidade, então falei com meu empresário, ele falou com o pessoal do Botafogo e não me deixaram sair, graças a Deus. Fiquei, graças a Deus, porque depois as coisas aconteceram como queríamos – destacou Barboza.

Em sua chegada ao Botafogo, o zagueiro afirmou como todas as palavras que gosta de ganhar, o que se comprovou em campo.

Eu não menti, né? É isso, sou assim. Sou um cara que gosta de ganhar. Eu falei na primeira coletiva, falo agora e até o dia que me aposentar vou ser sempre assim. É uma das minhas características, sempre tentar e fazer de tudo para ganhar – disse.

Um dos motivos da escolha pelo Botafogo foi o pai. O zagueiro rejeitou propostas de Fenerbahçe, Sevilla, Betis e Fortaleza por preferir se manter perto da família.

Uma das coisas que me ajudaram na decisão de jogar no Botafogo foi isso. Foi porque meu pai não pode, pela condição dele, viajar muito tempo. O Rio de Janeiro ficava a apenas 2h30, 3h de Buenos Aires. A Turquia era muito longe, Fortaleza a mesma coisa. Eu sabia o que tinha acontecido com o Botafogo em 2023. Vou ser sincero, estava com um pouquinho de medo pela situação do clube, mas minha esposa foi quem insistiu para vir aqui para o Botafogo. Meu pai disse que eu tinha que escolher – explicou.

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Gosto por funk

– Eu saí do River Plate emprestado aos 20 anos, fui para o Atlético Rafaela, um clube de fora de Buenos Aires. Fui sozinho, porque minha esposa estava com um problema familiar, sua mãe havia falecido. Ela ficou em Buenos Aires, eu fui para lá com um primo. E ele começou a colocar funk na TV, eu comecei a gostar. E por isso também o funk antigo, os mais velhos, que escolho, é por isso. Não é que escolho no Spotify e coloco aleatoriamente. Não, eu conheço a música. Escutava muito, escuto mais agora. Antes não entendia a música, agora entendo e gosto que entendam o que coloco agora.

Família e filhos

– Acho que isso é o principal para mim. Eu tento fazer de tudo para ver meus filhos felizes. Eu consegui pela primeira vez na minha vida entrar no campo com eles aqui no Botafogo. Eu tenho essa imagem na minha cabeça e no meu armário também para sempre lembrar desse momento. Agora meu filho também está entendendo muito o jogo, assiste bastante, pergunta se fiz gol, se defendi, e tenta me copiar. Acho que sou um exemplo para ele. Que ele entenda que estar ao meu lado é incrível para mim.

Apoio da torcida

– O carinho que eles demonstram por mim e pela minha família, não somente quando tenho oportunidade de vê-los no shopping, na rua, mas também através das redes sociais. Com a minha esposa a mesma coisa. Há pouco tempo, aqui no mercado recebi propostas para ir embora do Botafogo. E quando saía essa notícia nas redes sociais, meu Instagram e o da minha esposa ficavam uma loucura. Todo mundo mandando mensagem que eu não podia sair, não tinha que sair. Estou aqui. Muito feliz. E estamos com a minha família muito felizes. Para mim, é muito bonito sentir esse carinho.

Jogos especiais de 2024

– Sempre terei em minha memória momentos, jogos, que aconteceram ano passado. Foi a primeira vez em 29 anos que vivi uma coisa dessa. O jogo com o Palmeiras lá, nas oitavas da Libertadores, quase morri no final. Depois, o meu primeiro gol aqui, contra o Peñarol, no 5 a 0 aqui, primeiro tempo 0 a 0, jogo muito difícil, no segundo fizemos cinco gols. Fiz meu primeiro gol justamente, acredito no que o Marlon falava que está tudo escrito, meu pai é torcedor do Peñarol, eu tenho camisas minhas quando criança do Peñarol e meu primeiro gol pelo Botafogo foi em semifinal da Libertadores contra o Peñarol. Realmente estava tudo escrito. Para mim, foi um momento inesquecível. O primeiro gol não se esquece, como o primeiro amor, não se esquece nunca. E em primeiro lugar fica a final da Libertadores, foi o jogo da minha vida, sem dúvidas.

Veja o vídeo abaixo:

Fonte: Redação FogãoNET e Botafogo TV

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