O Botafogo se pronunciou nesta segunda-feira (4/9) sobre a polêmica entrevista coletiva do técnico Bruno Lage, dada no último sábado (2/9), na qual chegou a colocar o cargo à disposição neste segundo turno do Brasileirão-2023. O diretor executivo de futebol, André Mazzuco explicou a situação e colocou um ponto final.
– Até nos pegou de surpresa. Conversando depois com ele, ele não soube se expressar. Foi muito mais um desabafo da parte dele. Ele entende a responsabilidade que tem, como a gente tem. Para ele, também é difícil chegar a um ambiente que está funcionando. E a gente sabia que haveria oscilações, uma derrota, enfim, isso ia acontecer – afirmou Mazzuco, ao site “GE”.
O dirigente garantiu que a intenção de Lage foi preservar o elenco.
– Naquele momento do Bruno, ele é um cara muito protetor e quis externar que as críticas que acaba sofrendo pelas decisões que ele toma, que a gente toma… Ele não quer que essas críticas atinjam outros jogadores, porque não é justo com eles. Ele fala assim: “Se as críticas estão vindo a mim, que sejam só comigo, que todo mundo fique à vontade de estar aqui e não estar, mas não quero que chegue aos jogadores” – revelou Mazzuco.
– Foi um desabafo mesmo. A gente sabe que a cultura do resultado no Brasil é difícil, não é só no Botafogo, é em todo lugar. A gente vai fazer de tudo para brigar por esse título até o final. E o Bruno também entende isso. É um treinador estrangeiro que tem que se adaptar, só no Brasil que acontece essa pressão maior. Mas está tudo tranquilo, resolvido, foi importante esse desabafo dele, é um cara do bem demais, que está muito disposto a ajudar, como já tem ajudado. É nosso líder, isso tem que enaltecer para poder brigar até o final – disse.
O Botafogo se mantém concentrado e focado na busca pelo título brasileiro.
– É uma ansiedade externa muito grande, o torcedor do Botafogo é apaixonado, uma torcida extremamente presente. E há essa ansiedade mesmo, porque enxerga que talvez hoje seja o momento mais próximo de um título brasileiro que o Botafogo teve em quase 30 anos. Há uma ansiedade de que a gente precisa ser campeão, mas é uma briga que está aberta. A gente tem uma vantagem, claro, a gente tem que focar. Nosso grupo tem condição de manter a regularidade, a gente vai trabalhar para isso. Mas é uma ansiedade e uma pressão – finalizou.