‘Argentino carioca’, Joel Carli repassa trajetória e se declara: ‘Botafogo é o time do meu coração, mudou minha vida’

‘Argentino carioca’, Joel Carli repassa trajetória e se declara: ‘Botafogo é o time do meu coração, mudou minha vida’
Vitor Silva/Botafogo

Joel Carli, 180 jogos pelo Botafogo, estrangeiro recordista ao lado de Rodolfo Fischer, ídolo da torcida. O zagueiro argentino recordou sua trajetória e se declarou ao clube alvinegro, em entrevista ao programa “Os Donos da Bola”, da “Band”.

Leia abaixo como foi a entrevista:

Adaptação ao Brasil 

– Estou muito adaptado, já são mais de seis anos quase. Minha rotina no Rio é bem tranquila, me dedico muito ao futebol e ao Botafogo, passo muito tempo aqui dentro. Fora do clube dedico o tempo à família, meu filho está muito adaptado, tem escola e suas atividades. Gosto de curtir a família quando não estou no clube.

O início

– Quando cheguei, houve um pouco de desconfiança, de muitas pessoas não conhecerem como eu era dentro do campo. Não foi fácil a adaptação, calor do Rio, futebol diferente ao argentino, mas sempre falei que sou grato a como o pessoal me tratou no clube. Facilitou muito no dia a dia. Depois com o tempo, quando peguei, em uns três ou quatro meses, como funcionava o RIo de Janeiro, o futebol brasileiro e estar em uma instituição gigante, a adaptação foi boa e comecei a corresponder dentro de campo.

Gol do título em 2018

– Vivi momentos especiais aqui, desde 2016, em que o objetivo era se consolidar na Série A, 2017 foi maravilhoso, 2018 tem essa final que o torcedor me faz lembrar muito. Foi um momento especial. Antes de começar o segundo jogo, que estávamos em desvantagem, estava convencido que o Botafogo seria campeão. Sempre conversava com Leo Valencia, no último lance ele foi expulso, faltava pouco, a torcida do Vasco comemorando, falei para ele acelerar a saída porque nós venceríamos o jogo. Depois nos pênaltis fomos campeões. Foi especial. Aí consagrou um pouco todo o trabalho que vinha fazendo dentro do clube, levantar a primeira taça foi inesquecível.

Saída em 2020

– Foi inesperado, uma surpresa para mim, porque estava com contrato, fui praticamente demitido de forma que achei que não merecia. Fui notificado através da imprensa, em uma matéria que saiu. Fiquei muito surpreso e triste, assim como minha família, porque nossa ideia era continuar no Botafogo. Tinha que seguir minha carreira, voltei para a Argentina, para o Aldosivi, mas sempre ligado no que acontecia aqui. O Botafogo é meu time do coração, que fez mudar minha vida, não conseguia me desligar. Era profissional no Aldosivi, mas continuava um pouco de Carli no Botafogo muito de perto, sofrendo com a queda para a Série B, um ano muito ruim para o clube.

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Recordista

-Quando cheguei em 2016 parecia impossível. Mas o tempo foi passando e chegou essa marca. Quando cheguei a cem jogos, meu objetivo passou a ser esse recorde do Lobo Fischer, ao qual admiro e a torcida também. Queria muito, trabalhei muito. E hoje estamos em igualdade de jogos, no próximo o recorde fica comigo.

Muro dos Ídolos

– Estou esperando, vou botar um pouco de pressão aí (risos). Não, não. Realmente sou muito grato ao torcedor pelo carinho que me mostra, se vou me tornar ídolo ou não depende deles. Trabalho muito, sendo profissional, entregando meu máximo e com muito amor a essa camisa. Se o Carli vai se tornar ídolo vai depender deles.

Definição 

– Sou um argentino carioca. Gosto muito daqui, pretendo ficar, meus filhos são mais brasileiros que argentinos, minha esposa está feliz. Nossa ideia é continuar a vida no Rio de Janeiro.

Botafogo SAF

– Carli está muito bem, me sinto bem, com sequência de jogos importantes. Estou nessa expectativa. Sou um profissional e um torcedor do Botafogo. Vai acontecer alguma coisa boa na parte de campo, estamos esperando com ansiedade. 

Fonte: Redação FogãoNET e Os Donos da Bola (Band)

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