Responsável por substituir o técnico Luís Castro, suspenso, na área técnica, o auxiliar Vítor Severiano valorizou o elenco do Botafogo ao analisar a vitória sobre o Atlético-MG por 2 a 0 neste domingo, quando o Glorioso utilizou muitos atletas considerados reservas. Severino fez questão de dizer que não existe “time reserva” no Alvinegro.
– Essa questão de time reserva existe numa realidade paralela que não é a nossa. É fato de que há jogadores que jogam mais do que outros, seria hipocrisia não dizer isso, mas temos um regime de meritocracia. Se há algum jogador com rendimento, continua jogando, se tiver alguém com problema físico, temos que gerir. Isso acontece com todos. Dentro dessas escolhas, uns jogam mais do que outros. Time reserva é uma coisa que não existe na nossa cabeça. Não gostamos dessa denominação. Dizer isso após uma vitória pode parecer arrogante, mas já dissemos isso depois de derrotas também – afirmou.
– Não escolhemos uma equipe reserva, escolhemos uma equipe que poderia ter uma melhor performance contra o Atlético-MG. Parece fácil dizer que acertamos, mas não é sempre assim. Escolhemos esses jogadores porque sabíamos que o adversário jogava de uma determinada forma, oferecia determinados espaços e tínhamos que ser uma equipe muito “pressionante” e que deveria marcar muito mais os espaços do que os homens. Tendo em conta a tarefa, a identidade e a nossa equipe, o treinador escolhe as melhores peças para o jogo. Não jogou o time reserva, jogou o Botafogo – reforçou Severino, finalizando posteriormente:
– A decisão é sempre tática e estratégica, porque o físico está dentro do tático. Como eu posso querer taticamente uma equipe que perde e pressiona com um jogador que jogou três vezes os 90 minutos? Ele não vai conseguir pressionar, logo não conseguirá responder ao problema tático do jogo. Não foi para poupar ninguém, foi para gerir um grupo de trabalho.
O auxiliar-técnico do Botafogo não descartou que a rotação continue nos próximos jogos, em meio ao calendário repleto de partidas também pela Copa Sul-Americana e Copa do Brasil.
– Seguramente. Não conseguimos adivinhar o que vai acontecer no próximo jogo. A dimensão física é importante, porque não temos super-homens na equipe, e ninguém consegue jogar de três em três dias seis, sete ou oito jogos. Consegue, mas tem risco de lesão. Hoje a equipe conseguiu ter números de gols esperados maiores do que o Atlético-MG no primeiro e no segundo tempo, não sei se teve alguma equipe que conseguiu isso contra o Atlético-MG nos últimos jogos – frisou Severino.
*Atualizado às 21h28