O futebol brasileiro acenou com possibilidade de liga, mas se dividiu em três blocos: Libra, Forte Futebol e o grupo do meio, composto por Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Coritiba. Estes últimos ainda tentam união e conciliação no Brasil, pensando em um campeonato melhor e em mais receitas.
Em entrevista ao programa “CNN Esporte S/A”, o diretor geral da SAF do Botafogo, Thairo Arruda, explicou a ideia do clube.
– John Textor, conversando muito com Cruzeiro e Vasco, decidiu formar esse grupo independente e se posicionar no meio. A gente cria uma forma mais tranquila de clubes migrarem para o entendimento. A gente vai convidar todo mundo para vir para o meio. Estamos estudando para capturar o que é melhor da Libra e o que é melhor do Futebol Forte e construir esse conceito intermediário – afirmou Thairo.
– O tema Liga tem tomado muito o meu tempo e o do Textor. Depois da Lei da SAF, talvez seja o projeto mais importante do futebol brasileiro. Isso realmente vai mudar o patamar que vivemos aqui, inclusive, em um nível de competição internacional. Isso tem que ser feito. A gente começou a discussão das ligas um ano e meio atrás e ainda temos os mesmos problemas sendo discutidos. O Textor disse que precisava resolver, pelo menos, a vida do Botafogo. Na minha visão, parece que se criaram grupos antagonistas, no qual um clube dificilmente migra para o outro lado. Parece que vai ser visto como um clube traidor e isso dificulta a união e a transição de um grupo para o outro – acrescentou.
O dirigente alvinegro, no entanto, tem motivos para acreditar em consenso no futebol brasileiro.
– A tão esperada união dos 40 clubes vai acontecer um dia. Tem que acontecer e vai acontecer. Ou por amor ou pela dor. Pela dor, vejo duas formas. Um dos grupos perdendo clubes e esvaziando ou o mercado ditando o que vai acontecer. Por exemplo, uma TV oferece mais dinheiro para Libra do que para o Futebol Forte. Os clubes vão querer ir para Libra. Isso deve acontecer um dia. A gente acredita que negociar de forma coletiva tem um valor muito grande. O caminho do Botafogo é pré-decisão coletiva. É entender qual coletivo a gente quer participar – finalizou.