Ao colocar o cargo à disposição em entrevista coletiva após a derrota para o Flamengo por 2 a 1 no Estádio Nilton Santos no dia 2 de setembro, Bruno Lage fez uma espécie de desabafo e surpreendeu a muitos. No entanto, a polêmica foi uma estratégia do treinador para blindar os jogadores no Botafogo.
– A conclusão a que chego é que funcionou, porque a pressão veio para cima de mim. Funcionou de tal maneira que se falou mais na situação, ainda bem, do que no VAR do jogo. Estou de alma e coração no Botafogo. Tem que haver uma ansiedade normal, quer da parte deles (jogadores), quer da parte do torcedor, a algo que ainda falta muito, mas que pode ser conquistado e que foge há 28 anos (titulo brasileiro) – explicou Bruno Lage, ao site “GE”.
O treinador, que conversou internamente com a diretoria, entendeu que poderia ter agido de outra forma, mas não se arrepende da entrevista.
– Eu quero a pressão em cima de mim, eu quero a responsabilidade em cima de mim, eu só quero que a torcida continue a apoiar os jogadores. Fez de uma forma fantástica depois da eliminação da Sul-Americana, mas eu senti alguns sinais de que as coisas tomam um pouco de ansiedade extra quando se tenta mudar qualquer coisa – frisou.
– Nesta vida a gente não tem tempo para arrependimento. Eu sei o que fiz, sei o sentimento que gerou à minha volta. O que é mais importante é as pessoas entenderem que o treinador está aqui. Coloquei o cargo à disposição, mas nunca quis sair. Quis que as pessoas estivessem à vontade para entender se essa ansiedade extra que se forma em função de alguma mudança para melhoria da equipe está causando ansiedade maior aos jogadores – ponderou.
O Botafogo é líder do Campeonato Brasileiro e volta a campo sábado (16/9), para enfrentar o Atlético-MG, na Arena MRV.