Campeão da Copa Conmebol pelo Botafogo em 1993, André Silva hoje trabalha na captação nas divisões de base alvinegras. O setor é cada vez mais valorizado e estratégico no clube, que busca revelar e formar jovens talentos, sobretudo com a transformação em SAF.
Em entrevista ao canal “Glorioso Connection”, ele destacou a oportunidade e explicou como seu próprio exemplo pode ser utilizado.
– Muito feliz de trabalhar no Botafogo. Tive a oportunidade de trabalhar com outras coisas, recebi o convite em 2021, não sabia o que ia fazer, 25 anos depois de ter jogado no clube, comecei com 13 anos, saí com 24. Tive essa grata surpresa. Mais ainda de trabalhar como captador, porque é totalmente diferente do que fiz, agenciei, fui treinador. Joguei futebol por tantos anos, vi vários jogadores sendo formados, vi que poderia fazer essa função. Minha primeira captação foi em Austin, em uma comunidade. Eram mais de 30 meninos, de 12 a 14 anos, comecei a olhar, preciso perceber o mesmo brilho no olhar de alcançar voos altos. Meu desejo todo dia era vencer, jogar no Maracanã, ir para a Europa, dar condição boa para a minha família, fazer história no clube. Além do futebol, preciso ver a vontade deles – explicou André Silva.
– Tivemos reunião semana passada com Alessandro (Brito), Raphael (Rezende), Everson (Rocha). Estamos com um plano bem legal para captar. Nosso futuro está aí – resumiu.
O ex-jogador também contou histórias sobre o histórico título da Conmebol de 1993.
– Nossa pressão maior como atletas era mais com o Campeonato Brasileiro, a coisa não ia bem. Chegou em um momento que tínhamos que dar resposta, era um caminho mais curto, focamos na Conmebol. A partir do desespero do Brasileiro precisávamos dar resposta. A pressão era muito alta. Tanto que no final o Capita fala “o título é dos garotos” – descreveu.
– Depois que ingressei com 13 anos, o Botafogo foi uma grande escola para mim, de vida. Sou muito grato. Tudo que tenho na minha vida devo ao Botafogo. Conheci Inglaterra, Japão, Itália, França, tive oportunidade de me mostrar para outros clubes, joguei em mais 17 clubes, hoje estar de volta do lado de fora, dá vontade de estar no gramado, não para jogar, mas para conversar com os meninos. Acredito que estou conseguindo passar esse carinho e energia que dei como jogador trabalhando na base do Botafogo. Estou muito feliz – finalizou.